Entre o ficcional e o factual: Pessach: a travessia como alegoria do real
DOI:
https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.20538Resumen
A produção literária posterior ao Golpe Militar é um campo fértil para o revisitar e o repensar sobre diversas questões nacionais de cunho histórico, ideológico e político. Assim, o presente trabalho apresenta uma análise do romance Pessach: a travessia (1967), de Carlos Heitor Cony, com o objetivo de mostrar como essa obra dialoga com o momento histórico contemporâneo à sua publicação, de forma que se consolida como um romance realista político, caracterizado por um efeito de reação à repressão e censura vigentes nos primeiros anos em que o país viveu sob o jugo dos militares. A metodologia de pesquisa envolve estudo crítico-analítico, pautado em revisão bibliográfica e análise literária da obra, evidenciando em que medida o romance permite reexaminar os conturbados acontecimentos vividos nos anos pós-1964 por meio da ficção, ato que se torna mais preciso e imparcial devido ao presente afastamento temporal em relação à publicação do romance.
PALAVRAS-CHAVE: Carlos Heitor Cony. Pessach: a travessia. História. Política.
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