A prática da emulação na poesia luso-brasileira do século XVII: Gregório de Matos e Guerra e Tomás Pinto Brandão

Autores/as

  • Lêda Sousa Bastos
  • Luzia Silva Pinto Secretaria de Educação do Estado da Bahia
  • Marcello Moreira Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

DOI:

https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.24560

Resumen

Objetiva-se descrever uma prática poética corrente nos séculos XVI e XVII, mas que carece de estudos sistematizados até os dias de hoje no que concerne à poesia luso-brasileira, a "emulação", e que, contrariamente a outros procedimentos técnicos largamente doutrinados e regrados em preceptivas, é sempre referida sem que seja especificada em termos discursivos. Tomaremos como ponto de partida definições de "emulação" presentes em tratados de poética e de retórica antigos e dos séculos XVI e XVII, que nos fornecem o que poderíamos chamar de corpos de doutrina sobre tal prática. Em seguida, demonstraremos, por meio da análise de poema de Tomás Pinto Brandão, como se efetua a prática da emulação, já que poemas atribuídos a Gregório de Matos e Guerra, presentes em livros de mão luso-brasileiros dos séculos XVII e XVIII, anteriores aos de Tomás Pinto, evidenciam o caráter modelar de textos emulados e como são atualizados em suas muitas emulações.

PALAVRAS-CHAVE: Emulação. Poética. Escritura. Vocalidade. Gregório de Matos e Guerra.

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Publicado

13-05-2019