A repartição do eu como estratégia literária: As diversas (inter)subjetividades construídas no conto ‘Borges e Eu’ do escritor Jorge Luis Borges
Resumen
RESUMO: Neste artigo, pretendemos analisar o processo de encenação do eu/self como estratégia de construção de significações do texto literário do escritor Jorge Luis Borges, intitulado ‘Borges e Eu’. Frente a esse objeto, assumimos como objetivo demonstrar que o texto literário pode ser compreendido como espaço privilegiado de encenação de operações cognitivas constitutivas do ser humano, no processo de produção de sentido, tais como: construção de si (e do outro) - (inter)subjetividade; espacialização; temporalização e encenação. Para isso, defendemos a tese de que a escrita literária, como um processo de criação estética humana, por meio de construções de cenas contrafactuais, permite a percepção de encenações de fluxos conscienciais, de maneira privilegiada. Com o intuito de atingir o objetivo proposto, adotamos como referencial teórico Brandt (2004), por possibilitar um estudo sobre os processos integrativos que são estruturantes da construção da consciência e da memória humanas, nas práticas de produção de sentido; e Abrantes (2010), que permite compreender o processo de análise literária, ambos em uma perspectiva cognitiva.
PALAVRAS-CHAVE: Construção de self. Identidade. Contrafactualidade. Borges.
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Derechos de autor 2021 Ivete Lara Camargos Walty, Juliane Ferraz Oliveira
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