Literatura negra trançando memórias: o passado africano nas tradições orais brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.30155Resumen
RESUMO: O presente trabalho discute sobre a memória ancestral na literatura negra brasileira, com o objetivo de identificar em que medida as tradições orais podem ajudar os escritores negros a reescrever a história dos afrodescendentes, a partir de elementos históricos oriundos das culturas populares. Com base em A. Hampaté Bâ (2010), bem como em Eric Hobsbawm (1997), a presente pesquisa faz uma reflexão sobre a importância das tradições orais para a manutenção da memória coletiva, para a preservação da cultura. Compreendida aqui segundo a concepção de Maurice Halbwahcs (1990), a memória coletiva enquanto conceito teórico é mobilizada com o intuito de evidenciar a relação entre memória, literatura e tradição oral. Pois, conforme destacou Paul Thompson (1992), a fonte oral permite revelar as verdades ocultas ao descolar as camadas da memória. Espera-se com esse estudo, mostrar que muito do que se conhece hoje sobre a presença africana no Brasil, decorre das culturas orais. ´Vanda Machado (2006) não nos deixa mentir, segundo ela, nos provérbios e ditados, nas cantigas folclóricas e festas populares, as marcas de africanidades ressaem, pois, tendo uma cultura de gênese na oralidade, os africanos aqui aportados, transmitiram os saberes d’África por meio de expressões outras senão a escrita. Sendo assim, para os escritores negros, tanto os documentos oficiais quanto a cultura popular, constituem uma importante fonte de pesquisa no tangente a reconstrução da memória ancestral do povo negro no Brasil.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura negra. Tradições orais. Memória ancestral.
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Derechos de autor 2020 Joelia de Jesus Santos, Roberto Henrique Seidel

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