"As rosas e a revolução", de Karina Dias: memórias da subversão

Autores

  • Alexandra Santos Pinheiro Universidade Federal da Grande Dourados
  • Glesyane Lopes Reis do Nascimento Universidade Federal da Grande Dourados

DOI:

https://doi.org/10.47456/contexto.v1i42.36166

Resumo

RESUMO: As Rosas e a Revolução, de autoria da jornalista Eliana Natividade, foi publicada em 2014 pela Editora ENC Comunicações, sob o pseudônimo “Karina Dias”. O romance revisita o contexto da ditadura civil-militar, recuperando o lugar dos sujeitos homoafetivos em um estado de exceção. Neste artigo, trazemos à tona a representatividade homoafetiva entre mulheres na Literatura. Assim, por meio das memórias da protagonista Vilma, revisitamos um passado sombrio da sociedade brasileira, trazendo à superfície os acontecimentos reais, como a morte de Edson Luís de Lima Souto, e, ao mesmo tempo, refletimos acerca dos relacionamentos lésbicos representados na obra. De cunho bibliográfico, para chegar aos resultados aqui apresentados, dialogamos com Márcio Seligmann-Silva (2002), Daniel Aarão Reis (2014), Adrienne Rich (2010), entre outros autores que se debruçaram sobre os temas abordados.

PALAVRAS-CHAVE: As Rosas e a Revolução; Estado de exceção; Homoafetividade.

 

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Publicado

22-12-2022 — Atualizado em 31-12-2022

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