A leitura como ato de resistência em "A bibliotecária de Auschwitz", de Antonio Iturbe

Autores

  • Gladir da Silva Cabral Universidade do Extremo Sul Catarinense
  • Dienifer Soares Bereznicki Universidade do Extremo Sul Catarinense

DOI:

https://doi.org/10.47456/contexto.v1i42.36907

Resumo

RESUMO: Tendo como referenciais teóricos autores como Antonio Candido, Eclea Bosi, Primo Levi, Gilka Girardello e Alberto Manguel, busca-se compreender como literatura, memória e imaginação operam no romance A Bibliotecária de Auschwitz, de Antonio Iturbe, de modo a potencializar as potencialidades da leitura como experiência humana. Com base no testemunho de Dita Kraus, adolescente que sobreviveu ao campo de Auschwitz, onde trabalhou como bibliotecária no Bloco 31, o bloco infantil, a narrativa ficcional de Antonio Iturbe mostra como a memória e a imaginação se entrelaçam como exercício de resistência diante do processo de desumanização em Auschwitz.

 PALAVRAS-CHAVE: Leitura; Memória; Imaginação; Auschwitz.

 

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Publicado

22-12-2022