ENSAIO SOBRE O PRÓLOGO: LIMINARIDADE, DIALOGISMO E AUTOCONSCIÊNCIA NO ROMANCE

Autores

  • Augusto Rodrigues da Silva Júnior UnB

DOI:

https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.6489

Resumo

A partir de uma genealogia do romance humorístico-autoconsciente faremos a análise de alguns prólogos. Considerados como poderosos topoi, revelam uma verdadeira poética do jogo discursivo no interior do gênero literário característico da modernidade: o romance. Levando ao mundo a consciência dos novos aspectos da palavra publicada, alguns artistas da modernidade escreveram discursos sobre discursos e fundaram uma variedade literária. Rabelais, Cervantes e Sterne cultivaram homens de papel e estilos polifônicos que movimentam a autoconsciência narrativa, espécie de ponto de fuga a disputar lugar com o enredo e outras partes estruturais. Nesse lugar de abertura e fechamento do livro, todas as vozes se encontram: autor, narrador, leitor, ideias, edição, editor etc. Partindo de uma posição liminar, o prólogo, cria-se um sistema de vozes que enunciam e respondem para mostrar como o homem se decompõe e se recompõe nesta sarabanda chamada vida.

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Publicado

20-07-2012