Não caminho sozinho

percurso para recordar e ressignificar na obra de Paulo Nazareth

Autores

  • Camila Calolinda da Silva PPGEL-UFMS
  • Alex Fabiano Alonso PPGEL-UFMS
  • Eluiza Bortolotto Ghizzi PPGEL-UFMS

DOI:

https://doi.org/10.47456/rf.v17i24.35573

Palavras-chave:

Paulo Nazareth, Não Lugar, Semiótica Peirciana

Resumo

O presente artigo interessa-se pela obra do artista contemporâneo mineiro Paulo Nazareth (1977). Em um primeiro momento, analisa o seu fazer artístico por meio de percursos de viagem com base nos conceitos de “lugar” e “não lugar” antropológicos, cunhados por Marc Augé. Em seguida, no intuito de aprofundar-se no estudo dos significados com os quais o artista trabalha, detém-se em um registro videográfico da obra “Árvore do Esquecimento” (2013), a qual analisa recorrendo a uma aplicação da semiótica peirciana à imagem, proposta pela semioticista Lúcia Santaella. Os resultados mostram uma obra que valoriza o sentido de lugar na medida em que vai na contramão das figuras de excesso que Augé associa aos não lugares e, ao mesmo tempo, reconstrói simbolicamente vivências ancestrais dele próprio e de todos os outros com os quais se identifica.

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Biografia do Autor

Camila Calolinda da Silva, PPGEL-UFMS

Bacharel em Artes Visuais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens – PPGEL/ UFMS

Alex Fabiano Alonso , PPGEL-UFMS

Bacharel em Artes Visuais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens – PPGEL/ UFMS

Eluiza Bortolotto Ghizzi, PPGEL-UFMS

Doutora em Comunicação e Semiótica (PUCSP). Docente no Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagens da FAALC/UFMS.

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Publicado

21-09-2021

Como Citar

Silva, C. C. da ., Alonso , A. F. ., & Ghizzi, E. B. . (2021). Não caminho sozinho: percurso para recordar e ressignificar na obra de Paulo Nazareth. Revista Farol, 17(24), 57–68. https://doi.org/10.47456/rf.v17i24.35573

Edição

Seção

Seção Temática