Agentes inteligentes projetos artísticos
personagens que evoluem entre linguagem e ficção
DOI:
https://doi.org/10.47456/rf.v18i27.42486Palavras-chave:
Inteligência artificial, ficção, chatter-bots artísticos, linguagem, arte computacionalResumo
Este artigo é o resultado de uma pesquisa ao mesmo tempo teórica e prática sobre o uso de tecnologias de inteligência artificial no campo da arte. O conceito de agente inteligente, considerado fundamental na computação, é analisado a partir da teoria de Minsky, segundo a qual a inteligência resulta da soma de agentes, que agem e interagem com um ou mais objetivos comuns. Para que um software seja considerado um agente inteligente, ele deve conter um ou mais dos seguintes elementos: uma base de conhecimento predefinida, um mecanismo de inferência que lhe permita realizar raciocínios mais ou menos complexos, um sistema de aquisição de conhecimento ou um mecanismo de aprendizado. No contexto deste estudo, nosso foco são os agentes chatter-bots, cuja especificidade é manter uma conversa com o público usando linguagem natural. Projetados para fins artísticos, esses agentes podem assumir diversas formas visuais. Animados por softwares e capazes de fornecer respostas coerentes, eles são formalizados como obras interativas por sua capacidade de dialogar. Duas obras foram selecionadas como objeto de estudo: Agent Ruby de Lynn Hershmann, e Sowana, projeto do coletivo de arte Cercle Ramo Nash (Paul Devautour e Yoon Ja). Os chatter-bots considerados numa perspectiva artística permitem rediscutir certas características de sua natureza poética. Os agentes inteligentes concebidos como obras de arte levantam uma série de questões sobre ficções artísticas, sobre a troca entre a inteligência humana e a inteligência da máquina, ou ainda sobre as possibilidades de criar máquinas dedicadas à experiência poética.
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Referências
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