Montando com imagens de arquivo
DOI:
https://doi.org/10.47456/rf.v20i31.46514Palavras-chave:
montagem, cinema, imagens de arquivo, regimes de montagemResumo
A montagem audiovisual é, sem dúvida, um dos procedimentos mais específicos do cinema. Não só do cinema, mas de outros dispositivos da arte visual em geral. Nas obras prontas, suas formas de encadeamento, objetivos de seleção e princípios organizativos dos materiais imagéticos e sonoros dizem muito do sujeito do discurso. Filmes realizados na América Latina nos interessam em especial e, para este estudo, escolhemos “Baile perfumado” (1997), de Lírio Ferreira e Paulo Caldas, “La última huella” (2001), de Paola Castillo, “A paixão de JL” (2015), de Carlos Nader, e “EAMI” (2022), de Paz Encina. O objetivo é estudar e apresentar um dos regimes de montagem audiovisual possíveis para observar como as imagens de arquivo escolhidas trabalham entrelaçadas aos materiais produzidos por seus autores. A este regime de montagem chamaremos de “montagem com imagens de arquivos”.
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