Excentricidade territorial e programática: três programas de arte pública, em Portugal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/rf.rf.2132.49684

Palavras-chave:

arte pública, paisagem, território rural, arte contemporânea

Resumo

Este artigo apresenta três programas de arte pública realizados em Portugal desde 2018, situados em pequenas cidades e territórios rurais. Trata-se dos programas “Poldra”, na cidade de Viseu, “Desencaminharte” na região do Alto Minho e “Experimenta Paisagem”, no centro de Portugal. Estes programas evidenciam uma tendência da arte pública das últimas décadas e uma linhagem de casos internacionais, marcadas pela procura de territórios excêntricos e de aproximação à paisagem não urbana. Destaca-se ainda a relação destas práticas com objetivos de desenvolvimento regional e turístico, e de compromisso com a sustentabilidade, o que confirma a multiplicidade de agentes nelas envolvidos e a instrumentalização social da arte, na tentativa de corresponder a interesses e necessidades das populações.

Biografia do Autor

  • Laura Oliveira Castro, Universidade Católica Portuguesa, School of Arts, Research Centre for Science and Technology of the Arts

    Doutora em Arte e Design pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, Mestra em História da Arte pela Universidade Nova de Lisboa e Licenciada em História da Arte pela Universidade do Porto Faculdade de Letras. É Professor na Universidade Católica Portuguesa. Foi Vice-Presidente do Governo de Portugal - Ministério da Cultura. Atua na(s) área(s) de Humanidades e Ciências Humanas com ênfase em Artes. (Pintura; Literatura portuguesa; Paisagem Arte portuguesa; Arte; Arte contemporânea; Museologia; Arte moderna; Escola das Artes; Artes).

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Publicado

30-06-2025

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Excentricidade territorial e programática: três programas de arte pública, em Portugal. (2025). Farol, 21(32), 384-401. https://doi.org/10.47456/rf.rf.2132.49684