A margem da Poética

Autores/as

  • Waldir Barreto DTAM-UFES

Resumen

Arthur Bispo do Rosario não era um rei, um bispo ou uma oração. No entanto, bateu à porta de uma igreja carioca na véspera do Natal de 1938 para se apresentar como o "rei dos reis", cuja máxima au­toridade de santificar, ensinar e governar haveria de rezar os seus mistérios' até o encontro definitivo com Deus. Naquele mesmo 24 de dezembro, a polícia ci­vil chamada pelos frades do Mosteiro de São Bento o encaminhou ao Hospital Nacional dos Alienados. Expropriado dos pertences pessoais, despido, asse­ado, uniformizado e medicado, foi então retirado da sociedade como louco. Quarenta e quatro anos depois de vida manicomial, artistas plásticos chama­dos pelos psiquiatras da Colônia Juliano Moreira' incluíram algumas das peças confeccionadas por Bispo em uma mostra coletiva no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Conceitualmente apro­priado, investido, assediado, classificado e criticado, passou então a ser recolocado na sociedade como artista. [...]

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Publicado

10-11-2015

Cómo citar

Barreto, W. (2015). A margem da Poética. Farol, 1(8), 9–23. Recuperado a partir de https://periodicos.ufes.br/farol/article/view/11421

Número

Sección

Artigos