Impulso Historiográfico na prática artística de Rosana Paulino
o caso da exposição Atlântico Vermelho no Padrão dos Descobrimentos (2017)
DOI:
https://doi.org/10.47456/rf.v17i24.35568Palabras clave:
história, arte contemporânea, patrimônio cultural, feminismo decolonialResumen
O presente artigo visa analisar criticamente a exposição Atlântico Vermelho, da artista Rosana Paulino, realizada entre outubro e dezembro de 2017, no Padrão dos Descobrimentos, monumento situado em Lisboa, Portugal. Para tanto, toma-se o conceito de Impulso Historiográfico, apresentado por Giselle Beiguelman (2019), como uma noção de prática artística que questiona e reedita as verdades absolutas instituídas nos circuitos institucionais e a monumentalização da história. Tal conceito deve ser trabalhado em processos de (re)interpretação dos bens pertencentes à categoria do patrimônio cultural, em especial os monumentos históricos, sobre os quais atua a artista Rosana Paulino. Como suporte crítico, a crítica feminista decolonial é acionada.
O presente trabalho conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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