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O lugar do Feminismo Negro no Cotidiano de Mulheres de Axé

Autores

  • Luzineide Borges

Palavras-chave:

Feminismo negro, Mulheres do axé, Pedagogia do pertencimento, Redes educativas

Resumo

Se revisitarmos a história do feminismo, principalmente nos primeiros anos de sua constituição, a diferença está principalmente e exclusivamente na questão racial. Enquanto as mulheres brancas na Europa e nos Estados Unidos lutavam por direitos a igualdade de gênero, sobretudo os direitos ao mundo do trabalho e ao voto, as mulheres negras que já trabalhavam, lutavam pelo direito de existir enquanto mulheres, ou seja, lutavam pela sua humanidade e não tiveram as suas pautas quanto ao fato de serem mulheres e negras. Para as mulheres negras de axé, além da questão de gênero, raça e classe, elas também lutam contra o racismo religioso. Nesta pesquisa, ousei ouvir as mulheres negras de axé, mães solos que são responsáveis pela criação e educação dos (as) filhos (as). Para essas mulheres, além de lutar contra o racismo religioso, elas lutam pela sobrevivência da família e encontram no terreiro apoio, afeto e a colaboração dos (as) irmã (os) de axé para a constituição dos laços parentais. Para essa reflexão, apresento as narrativas de quatro mães solos que pertencem ao Ilê Axé Odé Omopondá Aladê Ijexá, localizado no Banco da Vitória em Ilhéus – BA, como intelectuais sociais que produzem saberes, e são autoras da própria existência. A pedagogia do pertencimento presente nos Terreiros de Candomblé tem como aporte epistemológico a epistemologia da ancestralidade e a metodologia da encruzilhada.

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Publicado

29-07-2020 — Atualizado em 30-07-2020

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Seção

Dossiê