Emoção e educação
Resumo
A Modernidade se estruturou em torno da busca por certezas fundantes da realidade observada. Tais certezas eram consideradas tanto mais verdadeiras quanto mais distantes se situassem da interferência das emoções dos pesquisadores que as enunciassem. O século XX, porém, trouxe consigo abalos nesse edifício das certezas, e vários pensadores passaram a tecer reflexões em torno do quanto o fazer científico está igualmente impregnado do universo político, histórico, social e emocional do investigador. Nesse sentido, o presente trabalho pretende problematizar a interferência das emoções na vida cotidiana e, em especial, no espaço profissional do professor. Utilizamo-nos, então, da concepção do biólogo Humberto Maturana a respeito da dinâmica do emocionar enquanto produtora de realidade e, a partir da apresentação da história devida de uma professora, procuramos mostrar como vivências emocionais fazem emergir diferentes posturas racionais que, por sua vez, orientam a ação do sujeito. Propomos, assim, que as práticas emancipatórias na educação levem em conta, além dos aspectos técnicos, a experiência do emocionar dos professores, experiência esta que orienta modos de enxergar e exercer a profissão.Downloads
Não há dados estatísticos.