A língua como mecanismo de controle da subjetividade
Autores
Fabricia Pereira de Oliveira Dias
Universidade Federal do Espírito Santo
Resumo
Muitas propostas de produção de texto na escola continuam mantendo uma formatação que privilegia apenas a exigência de coerência, coesão, clareza de ideias, tendo a norma culta da língua como o padrão para o registro textual. Os exercícios gramaticais, realizados com o intuito de garantir o uso eficiente da língua por meio da repetição, revelam-se como pré-requisitos para a elaboração de um “bom” texto (compreendido na lógica da clareza das ideias). Na mesma direção, o trabalho com a interpretação de textos tem ainda privilegiado a garantia da “correta” compreensão das pretensões do autor. Esses encaminhamentos metodológicos visam garantir que o sujeito exponha claramente suas ideias e compreenda, com exatidão, as ideias do outro.