Impacto econômico pela exposição ao mofo habitacional nos casos de asma no Brasil

Eduardo Castelã Nascimento; Wesllay Carlos Ribeiro

doi:10.47456/rbps.v25i2.37519

Autores

Eduardo Castelã Nascimento Faculdade Trilógica Keppe e Pacheco https://orcid.org/0000-0001-8543-3558
Wesllay Carlos Ribeiro

DOI:

https://doi.org/10.47456/rbps.v25i2.37519

Palavras-chave:

Habitação, Asma, Fungos, Mofo

Resumo

Introdução: A asma é uma das doenças não comunicáveis mais comuns no mundo. No Brasil, no ano de 2019, ela foi responsável por aproximadamente 79,9 mil internações somente nos sistemas de saúde pública e complementar. O mofo residencial é um fator de risco reconhecido na prevalência de asma. Objetivos: Analisar a parcela atribuível à exposição a mofo e/ou umidade residencial nos casos de asma e seus custos diretos e indiretos no Brasil. Métodos: Foi estimada a prevalência da asma e da exposição a mofo/umidade residencial no Brasil em diferentes períodos usando dados de várias fontes. Em seguida, analisou os custos de internações no Sistema Único de Saúde do Brasil. Calculou-se a fração atribuível à exposição a mofo/umidade residencial nos casos e custos de asma no país, utilizando o Teorema de Bayes. Resultados: Os dados da pesquisa revelam que os custos diretos com asma atribuíveis à exposição a mofo e/ou umidade residenciais em 2019 foram de R$ 54,8 milhões e, se somados aos custos indiretos, R$ 109,9 milhões, considerando somente os dados das redes pública e complementar do sistema de saúde brasileiro. Ainda foi possível analisar que 2,4 milhões de casos de asma no Brasil podem ser atribuídos à exposição a mofo e/ou umidade habitacional. Conclusão: O provimento de habitação adequada sem o fator de exposição para populações vulneráveis tem o potencial de reduzir os custos diretos e indiretos no sistema de saúde e, além disso, propiciar melhoria na qualidade de vida de aproximadamente 2,4 milhões de pacientes asmáticos no país.

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