Estimativas de incidência e mortalidade das doenças pancreáticas em pacientes hospitalizados no Sistema Único de Saúde brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.47456/rbps.v25isupl_2.40998Palavras-chave:
Pancreatite, Pâncreas, Incidência, Mortalidade, SUSResumo
Introdução: Pancreatite aguda, pancreatite crônica e câncer pancreático são as doenças pancreáticas mais comuns e representam carga significativa para os sistemas de saúde em todo o mundo. Objetivo: Analisar incidência de internação, número de óbitos e taxa de mortalidade das doenças pancreáticas em pacientes atendidos no Sistema Único de Saúde (SUS), entre 2016 a 2020, nas diferentes regiões brasileiras. Método: Análise dos dados de hospitalização de doenças pancreáticas, através de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), calculando incidência utilizando dados da Estimativa Populacional anual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, subtraido pelo percentual de população com cobertura pela saúde complementar, através dos dados da Agência de Saúde Suplementar. Resultados: No período estudado a média anual de hospitalizações no Brasil pelo SUS foi de 33.701 internações/ano, representando 0,82% das internações. Houve crescimento anual médio de 2,29% nos 05 anos estudados. Em 2019, a incidência de hospitalizações por doenças pancreáticas no SUS foi de 21,25/100.000 habitantes, sendo a maior na região Sudeste (28,55/100.000) e menor no Nordeste (11,59/100.000). A maioria das internações ocorreu entre 30 e 59 anos, principalmente no sexo masculino. A média anual de óbitos nos internados foi de 1.711,4/ano (5,09% das hospitalizações) e 1,06/100.000 habitantes, maior em homens, com aumento a partir de 55 anos, principalmente acima de 80 anos, com pouca variação entre as diferentes regiões brasileiras. Conclusão: As doenças pancreáticas são doenças negligenciadas, com grande número de internações e mortalidade hospitalar que pode ser modificada se houver reconhecimento precoce.
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