Perfil epidemiológico dos acidentes escorpiônicos no estado do Espírito Santo no período de 2005 a 2014
DOI:
https://doi.org/10.47456/rbps.v23i4.18356Palavras-chave:
Escorpiões, Acidentes, Epidemiologia, Saúde públicaResumo
Introdução: O escorpionismo é considerado um problema de saúde pública em alguns países, inclusive no Brasil, em virtude da alta incidência e/ou gravidade dos casos. Objetivos: O objetivo deste estudo foi descrever as características epidemiológicas dos acidentes escorpiônicos ocorridos no Espírito Santo entre 2005 e 2014. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo, quantitativo e retrospectivo dos acidentes notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponíveis no site do DATASUS. Resultados: Foram notificados 15.820 acidentes, dos quais 22 evoluíram para óbito. As taxas médias de incidência e mortalidade foram de 43,9 e 0,062/100.000 habitantes, respectivamente. A taxa média de letalidade foi de 0,17%. As Regiões Norte e Central apresentaram as maiores taxas de incidência e mortalidade. As maiores taxas de letalidade ocorreram nas Regiões Norte e Metropolitana. Os acidentes ocorreram com maior frequência em indivíduos do sexo masculino (67,8%), pardos (49,1%) e entre 20 e 39 anos (36,4%). A maioria dos casos foi atendida no intervalo de 0 a 1 hora (60,3%), classificada como leve (78,4%) e evoliu para cura (97,3%). Outubro foi o mês que mais registrou acidentes no Estado. Conclusão: A incidência no Estado é alta principalmente nas Regiões Norte e Central. O perfil dos acidentes ocorridos no Espírito Santo corresponde ao encontrado no restante do país. Os resultados obtidos demonstram a necessidade de intensificar as ações de controle de escorpiões, visando a prevenção dos acidentes.
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