Perfil das intoxicações medicamentosas em um estado brasileiro, 2011-2015
DOI:
https://doi.org/10.47456/rbps.v23i1.21915Palavras-chave:
Intoxicação, Uso de medicamento, Saúde PúblicaResumo
Introdução: Os casos de intoxicações medicamentosas têm aumentado em todo o país e se revelado um grande desafio para a saúde pública, além de gerar preocupações para as autoridades e profissionais de saúde. Objetivos: Caracterizar as intoxicações medicamentosas por circunstância no Espírito Santo, segundo região de saúde, sexo e faixa etária no período de 2011 a 2015. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico envolvendo notificações dos casos de intoxicação por medicamentos, no Espírito Santo, no período de 2011 a 2015, tendo como fonte o SINAN. Realizou-se a estatística descritiva dos dados. Resultados: A taxa de incidência no ES para o período foi de 27,7/100.000 habitantes. Em relação às regiões de saúde, a maior taxa foi observada na região Central (50,6/ 100.000 hab.) e a menor na região Metropolitana (19,9/100.000 hab.). As principais circunstâncias de intoxicação envolvem suicídio e acidente. O sexo feminino com faixa etária de 10-39 anos obteve as maiores taxas nas circunstâncias tentativa de suicídio e automedicação, com valores próximos a 35/100.000 hab. e 5/100.000 hab., respectivamente. Na circunstância acidental, verificou-se uma incidência semelhante entre os sexos e principalmente na faixa etária ≤ 9 anos (30/100.000 hab.). Mais de 90% dos casos obtiveram cura. A subnotificação foi elevada para as variáveis raça/cor e escolaridade. Conclusão: Verifica-se a importância do aprimoramento e intensificação de políticas públicas de saúde voltadas para a prevenção e conscientização acerca do armazenamento e uso indiscriminado de medicamentos.
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