Perfil das intoxicações medicamentosas em um estado brasileiro, 2011-2015

Autores

  • Viviane Nobre Machado Especialista em Epidemiologia no Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Espírito Santo
  • Bárbara Almeira Soares Dias Doutoranda em Epidemiologia pela Escola Nacional de Saúde Pública/ FIOCRUZ e Mestre em Saúde Coletiva com ênfase em Epidemiologia pelo Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Espírito Santo
  • Érica Marvila Garcia Doutoranda do Programa de Pós Graduação da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo e Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Espírito Santo
  • Lorrayne Belotti Doutoranda do Programa de Pós Graduação da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo e Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Espírito Santo
  • Katrini Guidolini Martinelli Pós doutoranda do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Espírito Santo, Doutora em Epidemiologia em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública/ FIOCRUZ e Mestre em Saúde Coletiva com ênfase em Epidemiologia pelo Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Espírito Santo
  • Marcelle Lemos Leal Doutoranda do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Espírito Santo e Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Espírito Santo http://orcid.org/0000-0001-7878-6654

DOI:

https://doi.org/10.47456/rbps.v23i1.21915

Palavras-chave:

Intoxicação, Uso de medicamento, Saúde Pública

Resumo

Introdução: Os casos de intoxicações medicamentosas têm aumentado em todo o país e se revelado um grande desafio para a saúde pública, além de gerar preocupações para as autoridades e profissionais de saúde. Objetivos: Caracterizar as intoxicações medicamentosas por circunstância no Espírito Santo, segundo região de saúde, sexo e faixa etária no período de 2011 a 2015. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico envolvendo notificações dos casos de intoxicação por medicamentos, no Espírito Santo, no período de 2011 a 2015, tendo como fonte o SINAN. Realizou-se a estatística descritiva dos dados. Resultados: A taxa de incidência no ES para o período foi de 27,7/100.000 habitantes. Em relação às regiões de saúde, a maior taxa foi observada na região Central (50,6/ 100.000 hab.) e a menor na região Metropolitana (19,9/100.000 hab.). As principais circunstâncias de intoxicação envolvem suicídio e acidente. O sexo feminino com faixa etária de 10-39 anos obteve as maiores taxas nas circunstâncias tentativa de suicídio e automedicação, com valores próximos a 35/100.000 hab. e 5/100.000 hab., respectivamente. Na circunstância acidental, verificou-se uma incidência semelhante entre os sexos e principalmente na faixa etária ≤ 9 anos (30/100.000 hab.). Mais de 90% dos casos obtiveram cura. A subnotificação foi elevada para as variáveis raça/cor e escolaridade. Conclusão: Verifica-se a importância do aprimoramento e intensificação de políticas públicas de saúde voltadas para a prevenção e conscientização acerca do armazenamento e uso indiscriminado de medicamentos.

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Arquivos adicionais

Publicado

08-04-2022

Como Citar

Machado, V. N., Dias, B. A. S., Garcia, Érica M., Belotti, L., Martinelli, K. G., & Leal, M. L. (2022). Perfil das intoxicações medicamentosas em um estado brasileiro, 2011-2015. Revista Brasileira De Pesquisa Em Saúde Brazilian Journal of Health Research, 23(1), 87–96. https://doi.org/10.47456/rbps.v23i1.21915

Edição

Seção

Artigos Originais