Perfil funcional do paciente pós alta da unidade de terapia intensiva
DOI:
https://doi.org/10.47456/rbps.v23i3.35473Palavras-chave:
Atividades diárias, Unidade de Terapia intensiva, Respiração artificial, Alta do paciente, Independência funcionalResumo
Introdução: Mesmo frente ao grande número de pacientes que tem uma sobrevida pós alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a maioria sobre complicações que afetam sua funcionalidade. Objetivos: Avaliar o perfil funcional do paciente pós alta da unidade de terapia intensiva e identificar os fatores determinantes que influenciam na funcionalidade. Métodos: Estudo longitudinal, observacional e descritivo, tendo uma abordagem quantitativa incluindo pacientes admitidos na UTI de um Hospital Universitário no Estado de Sergipe, no período de aglosto de 2018 a março de 2020. Como instrumento de pesquisa, foi usada a Medida de Independência Funcional (MIF) em três momentos: na admissão hospitalar, para mensuração da independência funcional prévia à internação hospitalar, na admissão na UTI, para mensuração da funcionalidade prévia à internação na UTI; e na alta imediata da UTI. Resultados: A amostra foi composta por 206 pacientes, sendo incluídos 91 participantes. Observou-se uma redução da MIF na admissão na UTI comparada à MIF prévia hospitalar e uma tendência à elevação na alta, porém os valores não retornam ao que foi observado antes da internação hospitalar. Além disso, aqueles pacientes com idade mais avançada e que utilizaram ventilação mecânica por um maior período e com um maior tempo de internação, foram determinantes para a MIF após a alta da UTI. Conclusão: Conclui-se que o processo de hospitalização, especialmente na UTI, de pacientes de idade mais avançada, em uso ventilação mecânica e com um maior tempo de internação, provoca uma redução significativa na funcionalidade.
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