Arte como mediação: dilemas e formação profissional

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22422/temporalis.2024v24n47p365-381

Palabras clave:

Arte;, Mediação;, Formação Profissional.

Resumen

O artigo apresenta uma discussão sobre a importância da arte como mediação a partir do pensamento estético marxiano e marxista. Levanta a necessidade de compreender o cotidiano como chão insuprimível das relações sociais, além de discutir os dilemas do uso da arte como parte do arsenal técnico-operativo e ético-político da intervenção profissional do(a) assistente social. A partir de referenciais e falas de profissionais colhidas em campo, o presente artigo está estruturado em cinco partes reconhecendo o lugar da arte na sociedade contemporânea e na profissão. Ao refletir sobre o exercício e a formação profissional, compreende-se os avanços no âmbito formativo e social ao passo que leva em consideração a produção das expressões da “questão social” nos dias atuais e as relações práticas no uso da arte como mediação. No Brasil temos formas variadas de conceber a arte como mediação nas quais levantam-se, nesse texto, as contradições que permeiam essa seara, seja no que tange às instituições em que o Serviço Social esteja inserido, seja ao que se refere à subjetividade e formação profissional no reconhecimento da arte como possibilidade de mediação sócio-assistencial.

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Biografía del autor/a

Ricardo de Holanda Leão, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)

Assistente Social. Doutor em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP, São Paulo, Brasil). Pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Política Social e Territórios, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB, Cachoeira, Brasil). E-mail: rh.leao@hotmail.com

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Publicado

25-06-2024

Cómo citar

de Holanda Leão, R. (2024). Arte como mediação: dilemas e formação profissional. Temporalis, 24(47), 365–381. https://doi.org/10.22422/temporalis.2024v24n47p365-381