Análise do acionamento de seguros agrícolas baseado em simulações climáticas no estado do Paraná

Autores

  • Patricia B. de Souza Universidade Federal de Viçosa
  • Igor Boninsenha Universidade Federal de Viçosa
  • Gustavo Bastos Universidade Federal de Viçosa
  • Everardo Universidade Federal de Viçosa

Palavras-chave:

Subsídio Agrícola, Políticas Públicas, Desenvolvimento Agrícola

Resumo

Apesar do amplo desenvolvimento tecnológico ocorrido nas últimas décadas, o agronegócio brasileiro ainda é passível de intempéries climáticas que podem causar perdas significativas na produtividade das culturas em determinadas áreas. Com o objetivo de fornecer mais segurança aos produtores rurais o poder público historicamente adota alguns sistemas de mitigação de riscos. Um dos mais comuns é o de seguro agrícola subsidiado, que no Brasil desde 2003, vem sendo aprimorado através da criação do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Sendo este sistema uma ferramenta estratégica tanto aos produtores quanto ao poder público, ter conhecimento da probabilidade de ocorrer determinada intempérie climática e da capacidade de estas causarem prejuízos às safras, faz com que o sistema de seguros agrícolas possa ser mais eficaz no desenvolvimento agrícola nacional. Desta forma, no presente trabalho foram analisados os acionamentos dos seguros agrícolas nos municípios de Maringá, Londrina e Irati no estado do Paraná, comparando com simulações de plantios em diferentes datas utilizando o software IrriPlus®. Os resultados obtidos salientam a importância do PSR tanto para os produtores rurais como para o poder público e concluem que as simulações de cultivos têm amplo potencial de prever ocorrências de intempéries climáticas durante o ciclo das culturas podendo aprimorar a eficiência do seguro agrícola.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Patricia B. de Souza, Universidade Federal de Viçosa

Graduanda em Agronegócio pela Universidade Federal de Viçosa. Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica desde o ano de 2018, desenvolvendo pesquisas no âmbito do Programa Federal de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural. Em 2019 foi estagiária da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) auxiliando nas áreas de pesquisas de adubação nitrogenada e sistemas de cultivos de plantas de cobertura para semeadura direta do algodão e análise econômica de sistemas de produção de grãos e fibras no cerrado além do acompanhamento da classificação do algodão por HVI e H2SD no Estado de Goiás e Bahia. Nos ultimos anos tem gerenciado equipes multidisciplinares na Equipe Agroplus-UFV, desenvolvendo projetos na área de sustentabilidade, em parceria com instituições públicas e privadas dos estados de Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso

Igor Boninsenha, Universidade Federal de Viçosa

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Viçosa e Técnico Agrícola com habilitação em Agropecuária pelo Instituto Federal do Espírito Santo. Atualmente é estudante de Mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa.

Gustavo Bastos, Universidade Federal de Viçosa

Doutor em Extensão Rural pela Universidade Federal de Viçosa, Brasil (2015)
ProfessorAssociadodo da Universidade Federal de Viçosa, Brasil

Everardo, Universidade Federal de Viçosa

Doutorado em Agronomia - Manejo da Irrigação pelo Universidad de Córdoba - Espanha, Espanha(1993)
Professor Titular da Universidade Federal de Viçosa , Brasil

Referências

Allen, R. G., et al., (1998). Crop evapotranspiration-Guidelines for computing crop water requirements. FAO Irrigation and drainage paper 56. Fao, Rome, 300(9), D05109.

Arias, D., Mendes, P., & Abel, P. (2015). Revisão rápida e integrada da gestão de riscos agropecuários no Brasil: caminhos para uma visão integrada. Área de Informação da Sede-Outras publicações técnicas (Infoteca-E).

Bergonci, J., & Pereira, P. (2002). Comportamento do potencial da água na folha e da condutância estomática do milho em função da fração de água disponível no solo. Revista Brasileira de Agrometeorologia, 10(13). 229-235. Recuperado de http://www.sbagro.org/files/biblioteca/1333.pdf

Bernardo, S., Mantovani, E. C., Silva, D. D. da, & Soares, A. A. (2019). Manual de irrigação. Editora UFV. 2019. 545p.

Bittencourt, F., Mantovani, E., Sediyama, G., & Santos, N. (2018). Determinação de funções de produtividade de algodão e soja em cultivo sequeiro no extremo oeste da Bahia. Revista Agrogeoambiental, 10(1). doi:http://dx.doi.org/10.18406/2316-1817v10n120181089

Bolfe, L. E. (2018). Visão 2030: O futuro da agricultura brasileira (Coord.). Brasília, DF: Embrapa.

Buainain, A. M., et al., (2014). O mundo rural no Brasil do século 21: a formação de um novo padrão agrário e agrícola. Brasília, DF: Embrapa.

Chaddad, F. R., Jank, M. S., & Nakahodo, S. N. (2006). Repensando as políticas agrícola e agrária do Brasil. Icone e Ibmec, 1-43.

Gasques, J., Bastos, E., Bacchi, M., & Conceição, J. (2015). Condicionantes da produtividade da agropecuária brasileira. Revista De PolíTica AgríCola, 13(3), 73-90. Recuperado de https://seer.sede.embrapa.br/index.php/RPA/article/view/581

Guimarães, M. F., & Nogueira, J. M. (2009). A experiência norte-americana com o seguro agrícola: lições ao Brasil? Revista de Economia e Sociologia Rural, 47(1), 27-58. doi: 10.1590/S0103-20032009000100002

Guetter, A. K., & Prates, J. E. (2010). Degrau climático nas séries de vazões das bacias brasileiras. In: ______ Anais do XII Congresso Brasileiro de Meteorologia, Foz do Iguaçu. 2002. p. 2099-2110.

Irriplus. (2008). Sistema para Manejo de Irrigação, Versão 2.25: UFV/GESAI/CIENTEC – Viçosa.

Jacobi, J., Perrone, D., Duncan, L. L., & Hornberger, G. (2013). A tool for calculating the Palmer drought indices. Water Resources Research, 49(9), 6086-6089, 2013. doi:https://doi.org/10.1002/wrcr.20342

Mantovani, E. C., & Costa, L. C. (1998). Manual do SISDA 2.0. In: Workshop Internacional sobre Manejo Integrado das Culturas e Recursos Hídricos. Viçosa, Departamento de Engenharia Agrícola, 153p.

Mantovani, E. C., Bernardo, S., & Palaretti, L. F. (2009). Irrigação: princípios e métodos. Viçosa, MG: UFV. 355p.

Mantovani, E. C., Delazari, F. T., Dias, L. E., Assis, I. R. de, Vieira, G. H. S., & Landim, F. M. (2013). Eficiência no uso da água de duas cultivares de batata-doce em resposta a diferentes lâminas de irrigação. Horticultura Brasileira, 31(4), 602-606. doi:https://dx.doi.org/10.1590/S0102-05362013000400015

Mccarthy, J. J., et al., (Ed.). (2001). Climate change 2001: impacts, adaptation, and vulnerability: contribution of Working Group II to the third assessment report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Cambridge University Press.

Ministério Da Agricultura, Pecuária E Abastecimento (Mapa). Atlas do Seguro. Recuperado de http://indicadores.agricultura.gov.br/atlasdoseguro/index.htm.

Ministério Da Agricultura, Pecuária E Abastecimento/Comitê Gestor Interministerial Do Seguro Rural (Brasil). Resolução nº 64, de 09 de novembro de 2018. Diário Oficial da União, Brasília, 19 nov. 2018. Seção 1, p. 6.

Ozaki, V. A. (2007). O papel do seguro na gestão do risco agrícola e os empecilhos para o seu desenvolvimento. Revista Brasileira de Risco e Seguro, 2(4), 75-92. Recuperado de http://www.rbrs.com.br/arquivos/RBRS4-5%20Vitor%20Ozaki%20On%20Line.pdf

Paiva, B. R. T. L., Souza, P. E. de, Scalco, M. S., & Santos, L. A. (2011). Progresso da ferrugem do cafeeiro irrigado em diferentes densidades de plantio pós-poda. Ciência e Agrotecnologia, 35(1), 137-143. doi:https://doi.org/10.1590/S1413-70542011000100017

Reynolds, M., et al., (s/n). Evaluating a concept model for drought tolerance. In: Using Molecular Markers to Improve Drought Tolerance. Mexico: [s.n.].

Santos, M. S. (2011). Caracterização espaço-temporal de secas utilizando ondaletas e o Standardized Precipitation Index: uma aplicação para a parcela mineira da bacia Rio São Francisco. 2011. Tese de Doutorado UFMG. Recuperado de http://hdl.handle.net/1843/REPA-8SBJYB

Santos, R. S. dos, et al., (2011). Avaliação da relação seca/produtividade agrícola em cenário de mudanças climáticas. Revista Brasileira de Meteorologia, 26(2), 313-321. doi: https://doi.org/10.1590/S0102-77862011000200014

Silva, A. O., da et al., (2011). Aplicação dos índices de Palmer e Bhalme & Mooley na avaliação da seca no Estado do Ceará. 94 f. Tese (Doutorado em Meteorologia) – Programa de Pós-Graduação em Meteorologia, Centro de Tecnologia e Recursos Naturais, Universidade Federal de Campina Grande, Paraíba. Recuperado de http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3647

Thornthwaite, C. (1948). An Approach toward a Rational Classification of Climate. Geographical Review, 38(1), 55-94. doi:https://doi.org/10.2307/210739

Wilhite, D. A., & Glantz, M. H. (1985). Understanding: the drought phenomenon: the role of definitions. Water international, 10(3), 111-120. doi:https://doi.org/10.1080/02508068508686328

Publicado

30.06.2020

Como Citar

Souza, P. B. de, Boninsenha, I., Braga, G. B., & Mantovani, E. C. (2020). Análise do acionamento de seguros agrícolas baseado em simulações climáticas no estado do Paraná. Brazilian Journal of Production Engineering, 6(4), 41–51. Recuperado de https://periodicos.ufes.br/bjpe/article/view/30143

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)