LITERATURA, LEITURA E ENSINO: O ENEM E OS IMPACTOS DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS DOS EXAMES VESTIBULARES PARA A FORMAÇÃO DE LEITORES

Autores/as

  • Gabriela Fernanda Cé Luft Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - (IFRS)
  • Luís Augusto Fischer Universidade Federal do Rio Grande do Sul – (UFRGS)

DOI:

https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.10418

Resumen

Recentemente, assiste-se à substituição dos tradicionais vestibulares pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que tem repercutido nos níveis de ensino anteriores à universidade e ditado mudanças curriculares sobretudo para o ensino médio. Diferentemente de vestibulares tradicionais, que determinam autores e obras a serem lidos para as provas de literatura, o Enem trabalha com uma perspectiva generalista, sem indicação alguma de leitura. A fim de verificar os impactos das leituras obrigatórias sobre a formação de leitores, apresentam-se os resultados de uma pesquisa de campo realizada com turmas de terceiro ano de ensino médio. Nas escolas em que os alunos manifestaram maior apreço por autores clássicos, geralmente a introdução das obras se deu em virtude do vestibular, corresponsável pela formação do gosto literário. Como o ensino médio costuma se moldar às demandas dos processos seletivos de ingresso às universidades, com o Enem a formação de leitores literários tende a se fragilizar.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de literatura. Enem. Vestibular. Leituras obrigatórias. Formação de leitores.

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Publicado

16-07-2015