A EXPRESSÃO DA 1PP EM CONTEXTOS SINTÁTICOS DE COMPLEMENTAÇÃO E ADJUNÇÃO E O PROBLEMA DE AVALIAÇÃO LINGUÍSTICA EM MACEIÓ/AL

Resumo

Partindo do pressuposto de que as formas linguísticas variantes apresentam o mesmo valor de verdade, mas podem diferir quanto às avaliações sociais, mensuramos as normas subjetivas dos falantes maceioenses em relação à expressão da 1PP em contextos sintáticos de complementação e adjunção, tomando por base o contexto situacional – informal e formal. Para tanto, recorremos à Teoria da Variação Linguística (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 1968; LABOV, 1972, 2003) e elaboramos um teste de reação subjetiva. Os julgamentos dos falantes sinalizam que apesar de a gente ser aceitável tanto em contexto informal quanto em contexto formal, há funções sintáticas que essa variante é menos aceitável, como objeto direto e relações de posse, principalmente no contexto formal. Os dados também parecem indicar que a gente não sujeito funciona como um traço linguístico que exibe estratificação tanto estilística quanto social, mas abaixo do nível de consciência, suscitando respostas regulares em testes avaliativos.