AS PRÁTICAS DISCURSIVAS DA VIOLÊNCIA NAS MÍDIAS DIGITAIS
MARIELLE FRANCO, PRESENTE... NO ESPAÇO DISCURSIVO ÊMICO
Resumo
O presente artigo visa a examinar as práticas discursivas da violência nas mídias digitais. Objetiva-se, com isso, verificar os mecanismos de funcionamento na construção de espaço discursivo que nomeamos de espaço discursivo êmico. Como corpus de análise, selecionamos textos, tomados como discurso, produzidos nas redes sociais e deslocados pelos produtores-jornalistas para o espaço da mídia jornalística. As Configurações construídas são tomadas como práticas discursivas da violência e forma produzidas em decorrência do assassinato da vereadora da cidade do Rio de Janeiro, Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. Tomamos como referencial teórico-metodológico a Análise do Discurso, dando ênfase à noção de espaço discursivo, postulada por Maingueneau (1997; 2008). Também, para apreender a noção de espaço social, mobilizamos as reflexões produzidas por Bauman (2001), no quadro da Sociologia contemporânea. Os resultados revelam que os espaços discursivos êmicos são lugares retomados do espaço êmico, ou seja, as condições sócio-históricas e culturais da sociedade contemporânea possibilitam, de modo recíproco, a produção de discursos que enfrentam a alteridade por meio da anulação do corpo e da voz do outro. O espaço das mídias digitais e, em especial, das redes sociais, materializam a violência de modo a polarizar as identidades no campo político-ideológico.
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