(Des)encontros entre línguas de sinais
contato das e nas fronteiras
DOI:
https://doi.org/10.47456/cl.v15i32.35736Palavras-chave:
Análise de Discurso, Sujeito surdo, Língua de sinais, Espaço de enunciaçãoResumo
As fronteiras e os (des)encontros linguísticos entre nações vizinhas não se dão apenas por meio de línguas orais, mas também por meio das línguas de sinais. O presente artigo tem como objetivo apresentar algumas reflexões, a partir do quadro teórico da Análise de Discurso materialista (AD), em confluência com os estudos Semântica da Enunciação, sobre tais (des)encontros nas e das fronteiras, envolvendo o sujeito surdo e as línguas de sinais. Consideramos que as línguas de sinais participam da constituição do espaço de enunciação fronteiriço (STURZA, 2005), assim como do espaço de enunciação nacional (GUIMARÃES, 2006), no caso mais específico de surdos refugiados.
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