Proibido dançar!
Um discurso em nome da família
DOI:
https://doi.org/10.47456/cl.v16i33.37675Palavras-chave:
Análise Crítica do Discurso, Dança, PoderResumo
Embora a dança seja um tipo de linguagem não verbal, sua prática social está atravessada por vários discursos que constroem significados sobre os diferentes estilos e principalmente sobre quem os dança. Tais discursos produzem estereótipos e preconceitos sobre os grupos sociais inseridos em tais práticas. Diante disso, o discurso de defesa da família coloca-se como argumento contra a vivência de alguns tipos de dança. Tal discurso fundamenta-se em ideologias ditas conservadoras que provém das classes dominantes. O corpus deste artigo foi composto por uma notícia publicada no site G1 Paraíba no dia 15 de Junho de 2021, com título: Professora de dança registra BO após vizinha chamar coreografias gravadas em condomínio de 'obscenas e explícitas'. Foram assumidos como pressupostos teóricos, metodológicos e analíticos a Análise Crítica do Discurso (ACD). Com base na análise realizada, pôde-se demonstrar a relação existente entre dança e discurso, evidenciando as relações de poder existentes nesse cenário. A notícia analisada trouxe à tona os discursos que contribuem para a manutenção da desigualdade e preconceito. Nesse contexto, o discurso em “defesa” da família surge como um argumento que exclui e categoriza os que se afastam das normas dos discursos sexistas.
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