Discursos de Agentes Comunitários de Saúde sobre barreiras na atenção às mulheres em situações de violência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/cl.v17i38.42250

Palavras-chave:

Análise de Discurso Crítica, violência contra a mulher, Agentes Comunitários de Saúde, Atenção Primária à Saúde.

Resumo

O vínculo que Agentes Comunitários de Saúde estabelecem com as famílias cria oportunidades para que violências contra as mulheres sejam identificadas e a situação, acompanhada pela equipe de saúde. Apesar disso, os Agentes Comunitários de Saúde relatam dificuldades para concretizar essas ações. O objetivo deste estudo foi analisar os discursos de Agentes Comunitários de Saúde sobre as barreiras que dificultam a abordagem da violência contra as mulheres na Atenção Primária à Saúde. Realizou-se um estudo qualitativo, fundamentado na Análise de Discurso Crítica, em sua vertente Dialético-Relacional (Fairclough, 2003), com a participação de 33 Agentes Comunitários de Saúde de Fortaleza, Ceará, Brasil. A interdiscursividade firmou-se como categoria analítica para a compreensão dos discursos que foram analisados numa abordagem interdisciplinar, considerando contribuições de autores sobre Ideologia (Thompson, 2011), Estudos Culturais (Woodward, 2014) e Estudos de Gênero (Segato, 2003). Organizaram-se os resultados nos temas: processos de trabalho; caracterizações do território e dos atores sociais; concepções sobre violência; barreiras. Conclui-se que a superação de barreiras para o enfrentamento das violências depende de processos formativos adequados e de modelos de gestão que valorizem o trabalho do Agente Comunitário de Saúde.

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Biografia do Autor

Sofia Dionizio Santos, Universidade Federal de Campina Grande

Psicóloga e Mestra em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), Doutora em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Professora da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

Rebeca Sales Pereira, Secretaria de Educação do Estado do Ceará

Graduada em Letras pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Mestra e Doutora em Linguística pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Professora da Secretaria de Educação do Estado do Ceará (SEDUC).

Maria Rocineide Ferreira da Silva, Universidade Estadual do Ceará

Enfermeira pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), Mestra em Saúde Pública pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), Doutora em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Professora da Universidade Estadual do Ceará (UECE).

Antonio Rodrigues Ferreira Júnior, Universidade Estadual do Ceará

Enfermeiro pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Doutor em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Professor da Universidade Estadual do Ceará (UECE).

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Publicado

28-12-2023