Análise comparativa dos pronomes a partir de gramáticas de Língua Portuguesa
uma abordagem sociolinguística
DOI:
https://doi.org/10.47456/rctl.v18i39.43577Palavras-chave:
Ensino de Língua Portuguesa, Tradicionalismo gramatical, Reeducação sociolinguísticaResumo
Apesar das muitas descobertas feitas no campo da Linguística em relação à variação, sobretudo, pela Sociolinguística, os conceitos adotados no ensino de língua ainda se ancoram, comumente, na gramática normativa como única referência, de modo que esse ensino traz classificações e análises que não refletem necessariamente sobre os usos reais da língua, gerando alguns equívocos, como, por exemplo, a interpretação de que não se sabe falar a Língua Portuguesa. À vista dessa problemática, objetivou-se nesta pesquisa analisar comparativamente as gramáticas de Terra (1989) e Bagno (2013), com foco sobre a classe gramatical dos pronomes. Para refletir sobre os aspectos teóricos que norteiam o estudo, foram adotados os postulados de Antunes (2007), Bagno (2007; 2012), Bortoni-Ricardo (2005), Brasil (1998; 2017), Campos (2014), Faraco (2008), Gagné (2002), Silva (2009), dentre outros. Os resultados da análise comprovaram as diferenças dos pronomes quanto aos usos real e ideal preconizados pelas gramáticas descritiva e prescritiva, respectivamente, possibilitando auferir que há diferentes contextos em que esses usos se tornam mais ou menos adequados e que cabe à escola, principalmente, auxiliar os educandos no que diz respeito ao monitoramento estilístico.
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