Políticas linguísticas e ensino de línguas no contexto da diversidade linguística e cultural guineense

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/rctl.v18i41.45091

Palavras-chave:

Políticas linguísticas, Ensino bilíngue, Diversidade linguística e cultural

Resumo

Este artigo objetiva propor algumas reflexões críticas sobre as políticas linguísticas na Guiné-Bissau, especialmente aquelas direcionadas ao ensino e aprendizagem de Português como Língua Adicional (PLA) durante período de luta armada contra colonialismo português (1963–1973) e após a proclamação unilateral da independência do país em 1973, destacando a necessidade de adotar políticas linguísticas que coadunem com o perfil linguístico dos alunos. Realizamos um estudo com base em abordagem metodológica alicerçada na pesquisa qualitativa e bibliográfica, por meio de produções acadêmicas publicadas acerca do ensino guineense, com autores que se debruçam sobre o tema. Os trabalhos levantados evidenciam uma perspectiva do ensino monolíngue no país que comporta uma vasta diversidade linguística e cultural. Partindo das obras e das reflexões feitas neste artigo, entendemos que as políticas do ensino das línguas devem sempre levar em conta a diversidade sociocultural e linguística dos falantes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fidel Quessana M'bana, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Doutorando em Linguística Aplicada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestre em Estudos da Linguagem pela Universidade Federal de Catalão (UFCAT). Especialização em andamento em Linguística Aplicada e Ensino de Línguas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).  Licenciado em Letras (Língua Portuguesa) pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).

Martiniza José Camparam, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Mestranda em Letras pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Graduada em Letras (Língua Portuguesa) pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).

Rosivaldo Gomes, Universidade Federal do Paraná (UFPR); Universidade Federal do Amapá (Unifap)

Doutor em Linguística Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mestre em Direito Ambiental e Políticas Públicas e graduado em Letras (Língua Portuguesa) pela Universidade Federal do Amapá (Unifap). Realizou estágio de pós-doutorado pelo Departamento de Pesquisa e Pós-Graduação da Unifap; em Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal do Ceará (UFC); e em Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Referências

ALTHUSSER, L. Ideologia e aparelhos ideológicos de Estado: nota sobre os aparelhos ideológicos de Estado (AIE). Trad. Walter José Evangelista e Maria Laura e Viveiros de Castro. 2. ed. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1985 [1918].

BARCELONA. Declaração Universal dos Direitos Linguísticos. Barcelona, 1996.

CÁ, L. O. Perspectiva histórica da organização do sistema educacional da Guiné-Bissau. 2005. Tese (Doutorado em Políticas de Educação e Sistemas Educativos) – Programa de Pós-Graduação em Políticas de Educação e Sistemas Educativos, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2005. Disponível em: https://repositorio.unicamp.br/. Acesso em: 20 mai. 2022.

CAETANO, F. A cooperação portuguesa para o desenvolvimento na área da educação da Guiné-Bissau: impacto dos projetos Dissertação (Mestrado em História, Relações Internacionais e Cooperação) – Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Porto, 2012. Disponível em: https://1library.org/document/q06kx2vq-cooperacao-portuguesa-desenvolvimento-educacao-guine-bissau-impacto-projetos.html. Acesso em: 7 nov. 2022.

CALVET. L. Sociolinguística: uma introdução crítica. Trad. Marcos Marcionílio. São Paulo: Parábola, 2002.

CALVET, L. As políticas linguísticas. São Paulo: Parábola, 2007.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

NAMONE, D. A luta pela independência na Guiné-Bissau e os caminhos do projeto educativo do PAIGC: etnicidade como problema na construção de uma identidade nacional. 2014, 120 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Araraquara, 2014. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/115896. Acesso em: 1 mar. 2020.

OLIVEIRA, G. M. de. Políticas Linguísticas: uma entrevista com Gilvan Müller de Oliveira. ReVEL, v. 14, n. 26, p. 382–399, 2016.

PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. de. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013.

QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales - CLACSO, 2005. p. 107–130. Disponível em: https://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/sur-sur/20100624103322/12_Quijano.pdf. Acesso em: 12 mar 2024.

RAJAGOPALAN, K. Por uma linguística crítica: linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.

RAJAGOPALAN, K. Política de ensino de língua no Brasil: história e reflexões prospectivas. In: MOITA LOPES, L. P. (org.). Linguística aplicada na modernidade recente. Parábola Editorial, 2013. p. 143–161.

ROSA, R. P. S.; SOUZA, T. C. C. de. Política linguística, pluringuismo e consenso. Interfaces, v. 10, n. 2, p. 112–122, 2019.

SAVEDRA, M. M. G.; LAGARES, X. C. Política e planificação linguística: conceitos, terminologias e intervenções no Brasil. Gragoatá, Niterói, n. 32, p. 11–27, 2012.

SCANTAMBURLO, L. O ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa no Projeto Ensino Bilingue Português-Crioulo Guineense (PAEBB). In: CARVALHO, C.; BARRETO, M. A.; SANTOS, F. (org.). COOPEDU IV — Cooperação e Educação de Qualidade. Lisboa: Centro de Estudos Internacionais, 2019. Disponível em: https://books.openedition.org/cei/898. Acesso em: 7 nov. 2022.

SEMEDO, V. M. E.; MARTINS, A. A.; GOMES, M. A. R. C. Caminhos Históricos da Oficialização da Língua Cabo-Verdiana. e-hum Revista Científica das áreas de História, Letras, Educação e Serviço Social do Centro Universitário de Belo Horizonte, v. 8, n. 2, p. 62–76, 2015. Disponível em: http://revistas.unibh.br/index.php/dchla/index. Acesso em: 7 nov. 2022.

SOARES, A. Entrevista: Secretário da Cultura da Guiné-Bissau quer crioulo guineense como língua oficial. Nações Unidas – ONU News. 2020. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2020/02/1705191. Acesso em: 20 nov. 2022.

TORQUATO, C. P. As políticas linguísticas oficiais em Cabo Verde pós-Independência: a construção da nação. Rev. Letras, Santa Maria, v. 21, n. 42, p. 151–184, 2011. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/index.php/letras/article/view/12180. Acesso em: 7 nov. 2022.

Arquivos adicionais

Publicado

23-12-2024