Entre o dizer e o fazer
performances discursivas na construção do pertencimento ao Grupo de Prática Exploratória
DOI:
https://doi.org/10.47456/rctl.v19i42.48277Palabras clave:
Linguística Aplicada Crítica, Prática Exploratória, Linguagem como performance, Formação de professores crítica, SustentabilidadeResumen
Este artigo analisa os modos pelos quais uma professora-pesquisadora, aqui chamada Clara, se constrói discursivamente a partir de sua participação no Grupo de Prática Exploratória e investiga como se configura seu pertencimento a esse espaço formativo. Além disso, discute o potencial da Prática Exploratória como proposta sustentável de formação contínua de professores, destacando seu papel na promoção da reflexão crítica, da escuta sensível e da colaboração docente. O estudo fundamenta-se na Linguística Aplicada Crítica (Fabrício, 2006) e na concepção de discurso como ação situada e performativa (Melo; Rocha, 2015), articulando-se também aos estudos da Prática Exploratória e da formação docente crítica (Miller et al., 2008; 2013). A pesquisa adota uma abordagem qualitativa interpretativista (Denzin; Lincoln, 2006), com dados gerados por meio de conversas exploratórias (Dias et al., 2021), consideradas formas éticas e afetivas de escuta e construção de sentido. Os resultados sugerem que a linguagem, em sua dimensão performativa, possibilita a negociação de sentidos sobre ser e fazer pesquisa, promovendo reflexões críticas sobre temáticas como colaboração docente e inclusão. Conclui-se que a Prática Exploratória constitui um espaço sustentável de desenvolvimento profissional, no qual a linguagem contribui para a construção de saberes e identidades docentes.
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