ANÁLISE SOCIOLINGUÍSTICA DA APRENDIZAGEM DOS CLÍTICOS DE 3ª PESSOA POR CRIANÇAS DO 4º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Autores

  • José Carlos Vieira Júnior UFES/Escola Adventista
  • Edenize Ponzo Peres Ufes

Resumo

Diversas pesquisas apontam um contínuo desuso dos clíticos de 3ª pessoa na linguagem informal do Português Brasileiro (PB), embora eles apareçam comumente em textos escritos veiculados pela mídia, bem como nos estilos mais formais da língua falada. Dessa forma, este estudo tem por objetivo descrever o processo de aprendizagem desses elementos por alunos do Ensino Fundamental, procurando investigar se as crianças conseguem interpretá-los corretamente e como a escola pode favorecer a aprendizagem dessas formas. Para respondermos a essas questões, procedemos a uma pesquisa que analisa os fatores linguísticos e sociais que poderiam influenciar esses processos. Nosso corpus compõe-se de testes de compreensão de clíticos aplicados a alunos dos dois sexos e de duas classes sociais de uma turma de 4º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública de Belo Horizonte, Minas Gerais, durante 10 meses letivos. Os resultados obtidos revelam que: i) o contexto em que o clítico está inserido influi significativamente em sua compreensão; ii) com relação aos fatores extralinguísticos, há uma leve tendência de melhor aproveitamento dos meninos da classe socioeconômica favorecida, quanto ao fenômeno estudado; e iii) a atuação do ensino formal, nessa fase da vida escolar, não demonstrou ser significativa para a aprendizagem dos clíticos.

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Biografia do Autor

Edenize Ponzo Peres, Ufes

Departamento de Línguas e Letras, Centro de Ciências Humanas e Naturais,

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Publicado

31-10-2013