SOTAQUE NO TELEJORNALISMO BRASILEIRO: UMA QUESTÃO DE POLÍTICA LINGUÍSTICA
Resumo
As pesquisas sobre sotaques na televisão brasileira têm sido alvo de diferentes discussões no campo acadêmico. O presente trabalho aborda essa temática a partir da perspectiva da política linguística de Spolsky (2004; 2009; 2012), que a compreende em três dimensões inter-relacionadas: as práticas, as crenças e a gestão linguística. Dentro do escopo deste trabalho, restringimos a análise às crenças a respeito da presença do sotaque no telejornalismo brasileiro. Elaboramos um instrumento de coleta de dados e aplicamos a alunos do segundo período do curso de Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba que estavam cursando a disciplina de Redação e Expressão Oral II. A análise é de natureza qualitativa, buscando identificar, nos discursos dos alunos, as crenças recorrentes sobre a língua que deve ser veiculada nos telejornais. Os discursos dos estudantes revelaram que há uma polaridade no que concerne à presença do sotaque na tv, ou seja, por um lado, há a crença de que o sotaque deve ser “suavizado” a fim de não interferir na compreensão das informações a serem transmitidas e, por outro, há a crença de que a presença da variedade linguística no telejornalismo traz para a televisão a identidade e a diversidade cultural do Brasil.
Downloads
Arquivos adicionais
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores cedem os direitos autorais do artigo à editora da Revista (Con)Textos Linguísticos (Programa de Pós-Graduação em Linguística da Ufes), caso a submissão seja aceita para publicação. A responsabilidade do conteúdo dos artigos é exclusiva de seus autores. É proibida a submissão integral ou parcial do texto já publicado na revista a qualquer outro periódico.
Esta obra está sob Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.