Da cidade horizontal à cidade vertical: renda da terra como perspectiva para compreender as mudanças nas formas espaciais em Vitória, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.47456/geo.v4i39.46953Palavras-chave:
renda dos terrenos para construção, produção imobiliária, configuração do espaço, Vitória, BrasilResumo
O objeto desta investigação é Vitória (ES), que nos anos 1940 ainda era uma cidade horizontal. No entanto, na década seguinte, intensifica-se o processo de verticalização, inicialmente na área central e depois estende-se aos bairros praianos. Nesse período a propriedade da terra era predominantemente pública e foi sendo transferida a quem a requeresse ao Estado mediante o pagamento de um foro anual. O poder público editava leis para facilitar a ocupação dessas terras, inclusive doando material de construção. Há uma relação entre a transferência da propriedade pública para privada da terra e entre a forma de construção das edificações com a configuração espacial da cidade: de horizontal, Vitória torna-se vertical quando as edificações se destinam ao aluguel e à venda. A suposição é de que a apropriação privada da terra e a sua instrumentalização, condicionada pela forma de construção do espaço para o consumo próprio, para o aluguel ou para venda, reúnem elementos teóricos para compreender a configuração espacial da cidade.
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