Educação ambiental junto as Paneleiras de Goiabeiras: uso sustentável da casca de mangue vermelho

Autores

  • Renato de Almeida Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Alexandre Ricardo de Oliveira
  • Rosa Maria Senna Melo

DOI:

https://doi.org/10.30712/guara.v1i16.40789

Palavras-chave:

manguezal, Baía de Vitória, Rhizophora mangle, tanino

Resumo

As "Paneleiras de Goiabeiras", em Vitória-ES, são artesãs tradicionais que utilizam cascas da árvore Rhizophora mangle para pintar panelas de barro. Porém, essa prática tem impactado negativamente os manguezais, levando à morte das árvores. O “modo de fazer” panelas de barro é o primeiro patrimônio cultural imaterial brasileiro. Em 1997, foram realizadas atividades de extensão e educação ambiental para desenvolver estratégias de gestão do ecossistema de forma participativa. Grupo focal foi a técnica utilizada, além de entrevistas com 30 artesãs e 3 casqueiros, para coleta de dados. Duas avaliações foram conduzidas (Março/2000 e Março/2001) para monitorar mudanças de atitudes e comportamentos na comunidade. A extração de casca é individual e informações sobre áreas de mangue inexploradas não são compartilhadas. Após 20 meses, constatou-se que os casqueiros continuavam removendo a casca, porém, dessa vez, escolhendo árvores maduras com maior concentração de taninos. As artesãs também melhoraram o planejamento da produção, reduzindo desperdícios e aumentando a eficiência da pintura das panelas. É essencial envolver instituições e a sociedade civil no diálogo sobre a conservação dos manguezais, incluindo as Paneleiras de Goiabeiras. A preservação do ecossistema é crucial para garantir a continuidade dessa tradição cultural.

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Publicado

31-07-2023

Como Citar

de Almeida, R., de Oliveira, A. R., & Senna Melo, R. M. (2023). Educação ambiental junto as Paneleiras de Goiabeiras: uso sustentável da casca de mangue vermelho. Revista Guará, 1(16). https://doi.org/10.30712/guara.v1i16.40789

Edição

Seção

Artigos