Epidemiologia da paralisia flácida aguda no Brasil

Epidemiology of acute flaccid paralysis in Brazil

Autores

  • Francisco Benjamin Sousa Alves Universidade do Estado do Pará
  • Randerson José de Araujo Sousa Universidade do Estado do Pará
  • Vivian de Carvalho Avelino Universidade do Estado do Pará
  • Nádia Vicência do Nascimento Martins Universidade do Estado do Pará

DOI:

https://doi.org/10.47456/hb.v2i1.33849

Palavras-chave:

Epidemiologia, Paralisia, Poliomielite, Saúde Pública

Resumo

A Paralisia Flácida Aguda (PFA) é um conjunto de sinais e sintomas que remetem às complicações originadas de lesões em neurônios motores inferiores, que se relacionam com doenças, como a poliomielite e com doenças metabólicas. Objetivou-se caracterizar o perfil epidemiológico da PFA no Brasil, a fim de denotar sua evolução em uma década. Os dados foram extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e compreenderam ao período de 2010 a 2019. Os valores referentes as variáveis: total de casos, sexo, raça/cor, faixa etária, critério de confirmação, classificação final e evolução do caso foram tabulados com o auxílio do programa Excel 2010 e processados no software Action 3.7. Entre 2010 a 2019 notificaram-se 4703 pacientes com PFA, o ano de 2018 apresentou o maior número de notificações (520/ 11,06%). A região Nordeste demonstrou o maior número de casos (1755/ 37,32%). Quanto ao sexo o masculino superou o feminino. O registro da PFA se concentrou em maior quantidade em indivíduos de raça/cor Parda (2320/ 99,33%), sendo que a maior prevalência esteve no intervalo de 1 a 4 anos (1694/ 36,02%). Na classificação final, não houve registros na categoria ²Confirmado Poliovírus Selvagem². Portanto, nenhum dos casos foi causado pelo poliovírus selvagem, o que evidencia a manutenção eficaz da erradicação da poliomielite no Brasil. Entretanto, apurou-se a baixa especificação no critério diagnóstico utilizado e na classificação dos casos em relação as outras causas da PFA.

 

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Biografia do Autor

Nádia Vicência do Nascimento Martins, Universidade do Estado do Pará

Doutora em Ciências pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP) e Docente da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Santarém, Pará, Brasil.

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Publicado

28-04-2021

Edição

Seção

Ciências da Saúde