Educação do campo: ocupar, resistir e produzir também na escola

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DOI:

https://doi.org/10.47456/krkr.v1i4.31820

Resumo

A Educação do Campo, com os princípios teóricos e pedagógicos que serão apresentados a partir da análise dos documentos do Setor de Educação e de produções acadêmicas do Movimento Por uma Educação do Campo, deve ser compreendida a partir do olhar do MST e da luta pela terra. Reconhecidamente foi dentro do movimento que se construíram os princípios que norteiam a Educação do Campo e a levam ao processo de institucionalização. Porém, não podemos negligenciar a pluralidade do campo material e teórico que se faz para além dos movimentos sociais, ao passo que reúne várias realidades e anseios diferentes. Diante do tamanho desse desafio, o objetivo desse texto é refletir sobre o caminho da educação pensada dentro dos movimentos sociais de luta pela terra, em consonância com os princípios que marcaram a trajetória da luta do movimento. Os caminhos trilhados desde 1992, com os primeiros ensaios sobre Educação dentro do Setor de Educação do MST, trouxeram um legado à formação de professores. As análises dos documentos do Setor de Educação do MST nortearam as reflexões deste trabalho. A pesquisa foi delineada por meio da pesquisa teórica e documental. As análises realizadas nos levam a reconhecer que foram rompidas as cercas da escola para se adentrar os muros das universidades. Não se fala somente em Educação para o Campo e sim em um projeto nacional de Educação do Campo, que vai da Educação Básica à Pós Graduação.

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Biografia do Autor

Heloisa Vitória Castro Paula, Universidade Federal de Goiás(UFCAT em implantação)

Professora Adjunta da Universidade Federal de Goiás (UFCAT em implantação). Formada em Pedagogia pela Universidade Federal de Goiás. Especialista em Neuropedagogia e Psicanálise. Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Goiás e Doutora em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia. Atua no Ensino Superior no curso de Licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal de Goiás (UFCAT em implantação). Coordena o estágio obrigatório do curso de Licenciatura em Educação do Campo. Coordenou o curso de Licenciatura em Educação do Campo da UFG (UFCAT em implantação) entre 2014-2016. Coordenou a tutoria do curso de especialização Ensino Interdisciplinar sobre infância e direitos humanos pela UFG (2016), subsidiado pela Capes. Pesquisa principalmente os seguintes temas: Educação do campo e Formação de Professores.

Marcelo Cervo Chelotti, Universidade Federal de Uberlândia

Professor Associado, docente nos cursos de Graduação (Bacharelado e Licenciatura) e Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Geografia da Universidade Federal de Uberlândia (MG). Pós-Doutorado pela UFRGS. Doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU-MG), com estágio na Universidade de Buenos Aires (UBA). Mestrado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP-PP). Graduação em Geografia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM-RS). Coordenador do Curso de Graduação em Geografia UFU (2013-2017). Coordenador de área do PIBID Interdisciplinar (2014-2018). Membro do Laboratório de Geografia Agrária (LAGEA) e Núcleo de Estudos Agrários e Territoriais (NEAT-CNPq). Experiência em Geografia Humana, com ênfase em Geografia Agrária, atuando principalmente nos seguintes temas: Ruralidades contemporâneas; Reprodução social da agricultura familiar, Expressões da alimentação e cultura no território; e Políticas públicas da educação do/no campo.

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Publicado

29-10-2020

Edição

Seção

Dossiê: Educação do Campo: processos formativos no Espírito Santo e no Brasil