Comercializando a dor das mulheres:

uma proposta didática de leitura crítica da propaganda “Buscofem: todas as suas dores importam”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/krkr.v1i8.37964

Palavras-chave:

propaganda, proposta didática, leitura crítica

Resumo

Em um mundo ocidentalizado no qual as propagandas são instrumentos discursivos que produzem representações sobre a realidade, as aulas de língua portuguesa devem inseri-las como objeto de estudo. Nessa esteira, o presente artigo tem como objetivo discutir uma proposta didática de leitura crítica da propaganda da Buscofem, intitulada "Todas as suas dores importam". A partir da discussão guiada de categorias da Análise de Discurso Crítica Generificada (GOMES, 2020), da Gramática do Design Visual (KRESS; VAN LEEUWEN, 1996) articuladas às discussões da Interseccionalidade (AKOTIRENE, 2019) e à Linguística Aplicada Crítica (MOITA LOPES, 2006; PENNYCOOK, 1997, 2001, 2006, 2010, 2017, 2021) algumas perguntas guiarão a leitura crítica, por exemplo: quais corpos estão presentes na propaganda? O que eles representam? Quais escolhas linguísticas estão presentes e como os recursos semióticos são dispostos? Quais efeitos de sentido que disso deriva? A expectativa é incitar discussões sobre como a propaganda utiliza de discursos de militância social a serviço do capital, do racismo e do cisheteropatriacado, a fim de mobilizar uma leitura crítica e ativa das/dos discentes.

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Biografia do Autor

Elisa Mattos, UFMG/CEFET-MG

Doutoranda e Mestra em Linguística Aplicada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Fez mestrado em English Language Teaching na Universidade NOVA de Lisboa. Faz pesquisa em Linguística Aplicada, concentrando-se em ensino-aprendizagem de inglês e português para fins acadêmicos. Também se interessa por linguagem da internet, linguística de corpus, formação de professores e interculturalidade. É membro do Núcleo de Estudos de Línguas para Fins Acadêmicos (NELFA) na UFMG, do grupo de pesquisa IndisciPLAr: Português como Língua Adicional em uma perspectiva indisciplinar, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e do Núcleo de Aprendizagem e Ensino Tecnológico (NALET), do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG). É professora de inglês desde 2001 e tradutora desde 2004.

Alexandra Carvalho, UFMG/UFV

Alexandra Bittencourt de Carvalho, doutoranda em Linguística do Texto e do Discurso pela Universidade Federal de Minas Gerais, membra do grupo Afecto - Abordagens Faircloughianas do Corpo/Discurso Textualmente Orientada s e professora substituta do Cap-Coluni da Universidades Federal de Viçosa

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Publicado

18-08-2022