O aluno Surdo na escola comum: percepções e práticas
Abstract
Com o objetivo de refletir o processo escolar de um aluno surdo no ensino comum, é que o presente artigo recorte dos dados de uma pesquisa de dissertação em andamento, se propõem conhecer a percepção de professores e supervisores relacionados ao aluno surdo e suas implicações nas práticas pedagógicas a ele direcionadas. Na tentativa de alcançar o objetivo proposto, a coleta de dados procedeu-se por meio de entrevistas semiestruturadas a 25 professores e 3 supervisores que antecederam seu percurso escolar. A interpretação dos dados fundamentou-se na análise de conteúdo proposto por Bardin (2014), enquanto que as inferências se fundamentam na perspectiva histórico-cultural do desenvolvimento humano em Vygotsty e na perspectiva Enunciativo-discursivo de linguagem de Bakhtin, além dos demais interlocutores convidados a compor a trajetória educacional dos surdos. Os dados evidenciam o enraizamento hegemônico da perspectiva médica nas concepções dos professores e supervisores, um olhar voltado para “falta de”, para deficiência, que limita o sujeito ao não ter. Há um clamor urgente pelo cumprimento das políticas vigentes na educação de surdos, para que o olhar e as práticas da comunidade escolar comecem a ser transformadas, passando a olhar esses sujeitos pelo viés da diferença, não da deficiência.
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