O trauma no período noturno sob a ótica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Espírito Santo: uma análise epidemiológica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/rbps.v25i1.39603

Palavras-chave:

Ferimentos e Lesões, Serviços médicos de emergência, Perfil de saúde

Resumo

Introdução: O trauma é considerado um importante problema de saúde pública mundial, em vir­tude de óbitos, sequelas e suas avassaladoras consequências socioeconômicas. Objetivos: Analisar as ocorrências traumáticas e os fatores associados ao trauma no período noturno ocorrido com as vítimas assistidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Espírito Santo, nos anos de 2020 e 2021. Métodos: Estudo observacional transversal de 23.445 ocorrências de trauma, divididas em dois grupos: trauma no período diurno e trauma no período noturno. As variáveis sobre o perfil social, demográfico e clínico foram coletadas a partir dos dados do Sistema de Regulação Médica das Urgências e analisadas de forma uni e multivariada. Resultados: 64,2% dos traumas ocorreram no período diurno, e 35,8% no noturno. Os fatores associados à ocorrência do trauma noturno foram: sexo masculino, faixa etária de 25 a 34 anos, fim de semana, origem domiciliar, Região Serra, vítimas não críticas, envio da Unidade de Suporte Avançado, agressão, arma branca, queda da própria altura, queda de veículo em movimento, óbito na cena e transporte das vítimas para hospitais públicos. Conclusão: O perfil das vítimas de trauma assistidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Espírito Santo corresponde ao encontrado no Brasil, entretanto, difere de acordo com os períodos diurno e noturno. Espera-se aprimorar as políticas públicas de saúde visando à prevenção do trauma e à integração dos componentes da Rede do Trauma.

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Arquivos adicionais

Publicado

14-09-2023

Como Citar

Barbosa de Azevedo, M., & Duarte Neto, C. (2023). O trauma no período noturno sob a ótica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Espírito Santo: uma análise epidemiológica. Revista Brasileira De Pesquisa Em Saúde Brazilian Journal of Health Research, 25(1), 62–72. https://doi.org/10.47456/rbps.v25i1.39603

Edição

Seção

Artigos Originais