Apuleio 'extrarius' na cidade de Oea: disputas familiares e conflito cultural na África Proconsular
DOI:
https://doi.org/10.17648/rom.v0i10.18974Palavras-chave:
Oea, Apuleio, Magia, Conflitos familiares, ExtrariusResumo
A grande identificação de Apuleio como magus, geralmente nos leva a compreender os fatos ocorridos com ele em Oea somente pelo viés de sua associação à magia, o que, em nossa opinião, restringiria bastante nossas interpretações. Uma parte considerável da oposição da elite oeaense contra Apuleio extrapolava questões esotéricas e miraculosas, relacionando-se, mais especificamente, ao fato de o autor ter sido considerado um homo extrarius, um forasteiro que rompera o lugar social a ele destinado na cidade. A compreensão de tais acontecimentos parte, em alguma medida, da análise da intromissão de Apuleio em questões atinentes a heranças, dotes e alianças familiares e políticas, que nos auxiliam no entendimento da própria animosidade vertida contra Apuleio no ambiente citadino de Oea.
Downloads
Referências
Documentação textual
APULÉE. Apologie et Florides. Introduction et traduction de Paul Valette. Paris: Les Belles Lettres, 2002.
______. Opuscules philosophiques et fragments. Texte établi, traduit et commenté par Jean Beaujeu. Paris: Les Belles Lettres, 1973.
APULEIUS. Metamorphoses: books I-VI. Translated and introduction by J. Arthur Hanson. London: Harvard University Press, 1989.
______. Metamorphoses: books VII-XI. Translated by J. Arthur Hanson. London: Harvard University Press, 1989.
AUGUSTINE. The letters of St. Augustine. Translated by J. Sparrow Simpson. New York: The Macmillan Company, 1919.
FILÓSTRATO. Vida de Apolonio de Tiana. Traducción, introducción y notas de A. Bernabé Pajares. Madrid: Gredos, 1979.
JEROME. Tractatus in Psalmos. Paris: Maredsoli, 1895.
JUSTINIANO. El digesto de Justiniano. Traducción de A. D’Ors. Pamplona: Aranzadi, 1972. t. I-III.
LACTÂNCIO. Instituciones divinas. Traducción y notas de Eustáquio Sánchez. Madrid: Gredos, 1990.
LUCIANO DE SAMÓSOTA. Obras. Traducción y notas de J. Alsina. Barcelona: Alma Mater, 1966.
MOSAICARUM ET ROMANARUM LEGUM COLLATIO. Traducción de Martha Elena Montemayor Aceves. México: Universidad Nacional Autónoma de México, 1994.
PAULUS. Pauli Sententiae. Testo e interpretagione a cura di Maria Bianchi Fossati Vanzetti. Padova: Cedam, 1995.
Obras de apoio
ALFÖLDY, G. Historia social de Roma. Madrid: Alianza, 1996.
ÁLVAREZ MELERO, A. De la curia municipal a los estamentos superiores: el papel de la mujer en los processos de promoción social. In: MELCHOR GIL, E.; PÉREZ ZURITA, A. D.; RODRÍGUEZ NEILA, J. F. (Ed.). Senadores municipales y decuriones en el Occidente romano. Cordoba: Universidad de Cordoba, 2013, p. 413-436.
BIRLEY, A. R. Septimus Severus: the African emperor. New York: Routledge, 2002.
BRADLEY, K. Law, magic and culture in Apuleius’s Apology. In: ______. Apuleius and Antonine Rome: historical essays. Toronto: University of Toronto Press, 2012a, p. 3-22.
______. ‘Romanitas’ and the Roman family: the evidence of Apuleius’s Apology. In: ______. Apuleius and Antonine Rome: historical essays. Toronto: University of Toronto Press, 2012b, p. 41-58.
COLLINS, D. Magic in the Ancient Greek World. London: Blackwell, 2008.
CORBIER, M. Family and kinship in Roman Africa. In: GEORGE, M. The Roman family in the Empire: Rome, Italy and beyond. New York: Oxford University Press, 2005, p. 255-285.
FANTHAM, E. Aemilia Pudentilla, or the wealthy window’s choice. In: HAWLEY, R.; LEVICK, B. (Ed.). Women in Antiquity: new assessments. London: Routledge, 1995, p. 220-232.
FUNARI, P. P. A. Propaganda, oralidade e escrita em Pompéia. História, n. 17/18, p. 115-126, 1999.
GARDNER, J. F. Women in Roman Law and society. London: Routledge, 1986.
HIDALGO DE LA VEGA, M. J. El sofista Apuleyo de Madaura y la memoria: construcción de la imagen de su esposa Emilia Pudentila, una aristócrata africana. Studia Historica, v. 29, p. 197-221, 2011.
______. Hombres divinos: de la dependencia religiosa a la autoridade política. Arys, v. 4, p. 211-230, 2001.
______. Larvas, lemures, manes en la demonología de Apuleyo y las creencias populares de los romanos. Arys, p. 165-186, 2010.
LIMA NETO, B. M. Entre a filosofia e a magia: o caso da estigmatização de Apuleio na África romana (século II d.C.). Curitiba: Prismas, 2016.
______. ‘Magi et daimones’ segundo a cosmologia teológica-filosófica apuleiana. Revista Mundo Antigo, v. 4, n. 7, p. 191-207, 2015.
MACMULLEN, R. Magicians. In: ______. Enemies of the Roman order. Cambridge: Harvard University Press, 1966, p. 95-127.
MATTINGLY, D. J. Tripolitania. Michigan: University of Michigan Press, 1994.
OSGOOD, J. ‘Nuptiae iure civili congruae’: Apuleius’s story of Cupid and Psyche and the Roman Law of marriage. American Philological Association, v. 136, p. 415-441, 2006.
SALCEDO DE PRADO, I. La ascendencia decurional de los caballeros de la Tripolitania. In: MELCHOR GIL, E.; PÉREZ ZURITA, A. D.; RODRÍGUEZ NEILA, J. F. (Ed.). Senadores municipales y decuriones en el Occidente romano. Cordoba: Universidad de Cordoba, 2013, p. 345-374.
______. La participación de los senadores de origen africano en los sacerdocios publicos de Roma. Historia antigua, v. 25, p. 355-384, 2012.
SALLER, R. Patronage and friendship in early imperial Rome: drawing the distinction. In: WALLACE-HADRILL, A. (Ed.). Patronage in ancient society. London: Routledge, 1989, p. 49-62.
______. Status and patronage. In: BOWMAN, A. K.; GARNSEY, P.; RATHBONE, D. (Ed.). The Cambridge Ancient History: the High Empire (70-192). Cambridge: Cambridge University Press, 2008, p. 817-854.
SCHEID, J. O sacerdote. In: GIARDINA, A. O homem romano. Lisboa: Presença, 1991, p. 51-72.
SCHLAM, C. C. The scholarship on Apuleius since 1938. The Classical World, v. 64, n. 9, p. 285-309, 1971.
SCHLAM, C.; FINKELPEARL, E. A survey of scholarship on Apuleius: 1971-1998. Lustrum, n. 42, p. 307-320, 2000.
THOMAS, Y. A divisão dos sexos no direito romano. In: DUBY, G.; PERROT, M. (Dir.). História das Mulheres: a Antiguidade. Porto: Afrontamento, 1990, p. 127-202. v. 1.
VEYNE, P. O Império Romano. In: ARIÈS, P.; DUBY, G. (Org.). História da vida privada: do Império Romano ao Ano Mil. São Paulo: Companhia das Letras, 1994, p. 19-224. v. 1.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Romanitas - Revista de Estudos Grecolatinos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
a. Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação.
b. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após a primeira publicação pela revista, com os devidos créditos.
d. Os textos da revista estão licenciados com uma Licença CC BY 4.0 Deed Atribuição 4.0 Internacional (CC BY).