O Direito entre a justiça e a piedade: sobre a infidelidade e o desterro de aristocratas e nobres no reino hispano-visigodo de Toledo (636-654)
DOI :
https://doi.org/10.17648/rom.v0i14.28898Mots-clés :
Antiguidade Tardia, Reino Hispano-Visigodo de Toledo, Direito, Infidelidade, DesterroRésumé
No reino hispano-visigodo de Toledo (séculos VI-VII), a elaboração do Direito partia da autoridade régia. O Liber Iudiciorum/Lex Visigothorum, compilação jurídica associada com a tradição romano-tardia e publicada de forma organizada a partir de 654, apresenta uma variedade de normas legais promulgadas pelo poder régio que envolviam, também, os problemas vinculados à ruptura do juramento de fidelidade entre os segmentos aristocráticos e o rei. A infidelidade aristocrática gerava graves problemas ao rei, especialmente daqueles que fugiam para regiões externas e delas atacavam as áreas limítrofes do reino. Estes fugitivos, enquadrados no perfil do desterrado, aparecem na documentação jurídica laica e eclesiástica de uma forma mais ampla e são objeto de nossa análise neste estudo.
Téléchargements
Références
Documentação textual
CONCÍLIO IV DE TOLEDO. a. 633. In: VIVES, J.; MARÍN, T.; MARTINEZ, G. (Ed.). Concilios Visigoticos e Hispano-Romanos. Barcelona: Consejo Superior de Investigaciones Científicas, 1963.
CONCÍLIO V DE TOLEDO. a. 636. In: VIVES, J.; MARÍN, T.; MARTINEZ, G. (Ed.). Concilios Visigoticos e Hispano-Romanos. Barcelona: Consejo Superior de Investigaciones Científicas, 1963.
CONCÍLIO VI DE TOLEDO. a. 638. In: VIVES, J.; MARÍN, T.; MARTINEZ, G. (Ed.). Concilios Visigoticos e Hispano-Romanos. Barcelona: Consejo Superior de Investigaciones Científicas, 1963.
CONCÍLIO VII DE TOLEDO. a. 646. In: VIVES, J.; MARÍN, T.; MARTINEZ, G. (Ed.). Concilios Visigoticos e Hispano-Romanos. Barcelona: Consejo Superior de Investigaciones Científicas, 1963.
CONCÍLIO VIII DE TOLEDO. a. 653. In: VIVES, J.; MARÍN, T.; MARTINEZ, G. (Ed.). Concilios Visigoticos e Hispano-Romanos. Barcelona: Consejo Superior de Investigaciones Científicas, 1963.
CRÔNICA MOÇÁRABE. a.754. In: LOPEZ PEREIRA, J. E. (Ed.). Cronica Mozarabe de 754. Zaragoza: Anubar, 1980.
FREDEGARII SCHOLASTICI. Epitomi et Chronicum. In: MIGNE, J.-P. (Ed.). Patrologia Latina LXXI. Paris: Ramos, 1849.
ISIDORO DE SEVILHA. Etimologias. In: DIAZ Y DIAZ, M.; OROZ RETA, J.; MARCOS CASQUERO, M. (Ed.). San Isidoro de Sevilla. Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos, 1982.
ISIDORO DE SEVILHA. Sentenças. In: CAMPOS, J.; ROCA, I. (Ed.). Santos Padres Españoles II: San Leandro, San Isidoro, San Fructuoso. Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos, 1971.
JOÃO DE BICLARO. Crônica. In: CAMPOS, J. Juan de Biclaro. Obispo de Gerona. Su vida y su obra. Madrid: CSIC, 1960.
LEX VISIGOTHORUM. In: HERCULANO, A. (Ed.). Portugaliae Monumenta Historica. Leges et Consuetudines. V. I, T. 1. Lisboa: Typis Academicis, 1856.
TAIO. Sententiarum libri quinque. In: MIGNE, J.-P. (Ed.). Patrologia Latina LXXX. Paris: 1849.
Obras de apoio
BARBERO, A.; VIGIL, M. Sobre los orígenes sociales de la Reconquista. Barcelona: Ariel, 1988.
BARROS, J. D’A. Fontes históricas. Introdução aos seus usos historiográficos. Petrópolis: Vozes, 2019.
BOBBIO, N. Dicionário de política. Brasília: UNB, 1998. 2 v.
FEBVRE, L. Combates pela história. Lisboa: Presença, 1989.
FERNÁNDEZ SEBASTIÁN, J. Historia, historiografía, historicidad. Conciencia histórica y cambio conceptual. In: CORTINA, M. S (Coord.). Europa del sur y América Latina: perspectivas historiográficas. Madrid: Biblioteca Nueva, 2014, p. 3564.
FRIGHETTO, R. O rei e a lei na Hispania visigoda: os limites da autoridade régia segundo a Lex Wisigothorum, II, 1, 8 de Recesvinto (652-670). In: GUIMARÃES, M. L.; FRIGHETTO, R. (Coord.). Instituições, poderes e jurisdições. I Seminário Argentina – Brasil – Chile de História Antiga e Medieval. Curitiba: Juruá, 2007, p. 117135.
FRIGHETTO, R. Símbolos e rituais: os mecanismos do poder político no reino hispano-visigodo de Toledo (séculos VI-VII). Anos 90, v. 22, n. 42, 2015, p. 239-272.
FRIGHETTO, R. Quando a traição torna-se uma enfermidade: a infidelidade política e a prática do Morbo Gothorum no reino hispano-visigodo de Toledo (século VII). Revista Signum, v. 17, n. 1, 2016, p. 116-135.
FRIGHETTO, R. Da liberdade à reclusão: os espaços de confinamento no reino hispano-visigodo de Toledo (séculos VI-VII). In: SILVA, G. V. DA; SILVA; É. C. M.; LIMA NETO, B. M. (Org.). Usos do espaço no mundo antigo. Vitória: GM, 2018, p. 380402.
FRIGHETTO, R. Da infidelidade ao exílio: um exemplo de mobilidade forçada nos escritos de Valério do Bierzo (séc. VII). In: FRIGHETTO, R; SILVA, G. V. da; GUIMARÃES, M. L (Org.). As mobilidades e as suas formas na Antiguidade Tardia e na Idade Média. Vitória: GM, 2019, p. 97120.
GARCIA MORENO, L. A. El estado protofeudal visigodo: precedente y modelo para la Europa carolíngia. In: FONTAINE, J.; PELLISTRANDI, C. (Éd.). L’Europe héritière de l’Espagne wisigothique. Rencontres de la Casa de Velázquez. Madrid: Casa de Velázquez, 1992, p. 17-43.
GASCÓ, F. La crisis del siglo III y la recuperación de la Historia de Roma como un tema digno de ser historiado”. Studia Historica – Historia Antigua, IV – V/1, Homenaje al Profesor Marcelo Vigil (I), 1986, p. 167171.
GROSSI, P. A ordem jurídica medieval. São Paulo: Martins Fontes, 2014.
KING, P. D. Derecho y sociedad en el reino visigodo. Madrid: Alianza, 1981.
PETIT, C. Crimen y castigo en el reino visigodo de Toledo. In: Arqueología, Paleontología y Etnografía: los Visigodos y su Mundo. Madrid: Comunidad de Madrid, 1998, p. 217237.
SANCHEZ-ALBORNOZ, Cl. El ‘stipendium’ hispano-godo y los orígenes del beneficio prefeudal. Buenos Aires: Facultad de Filosofía y Letras, 1947.
WARMALD, P. The Leges Barbarorum: law and ethnicity in the post-Roman West. In: GOETZ, H. W.; JARNUT, J.; POHL, W. (Ed.). Regna and Gentes. The relationship between Late Antique and Early Medieval people and Kingdoms in the transformation of the Roman world. Leiden: Brill, 2003, p. 21-53.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.
a. L’Auteur mantient les droits d’Auteur et accorde à la revue le droit de première publication.
b. L’Auteur a l’autorisation pour assumer des contrats additionnels séparément, pour distribution non exclusive de la version du travail publiée dans cette revue (ex.: publier en répertoire institutionnel ou comme chapitre de livre), avec reconnaissance de l’Auteur et publication initiale dans cette revue.
c. L’Auteur a l’autorisation et est encouragé à publier et distribuer leur travail en ligne (ex.: dans des répertoires institutionnels ou dans votre page personnelle) après la première publication par la revue, avec les créances.
d. Les textes de la revue sont publiés sous Licence CC BY 4.0 Deed Attribution 4.0 International (CC BY).