E a liberdade tem sabor de realidade: banditismo social na Palestina romana
DOI:
https://doi.org/10.29327/2345891.19.19-4Parole chiave:
Palestina romana, Resistência judaica, Banditismo social, Grupos sociais subalternos, Luta de classesAbstract
O presente artigo tem como objetivo discorrer sobre o banditismo social na Palestina romana. A investigação parte da articulação de duas categorias teóricas, a saber, grupos sociais subalternos (classes exploradas e sob opressão), de Antonio Gramsci, e banditismo social (formas arcaicas de movimento social), de Eric Hobsbawm. A fonte privilegiada é A Guerra Judaica, de Flávio Josefo. As incursões violentas de Roma naquela região, desde Pompeu em 63 a.C. até a destruição do Templo de Jerusalém em 70 d.C. potencializaram lutas sociais nos territórios judaicos, sobretudo a Galileia, que foi um berço de bandidos, bandoleiros e rebeldes chefiados por pretensos messias. Esse banditismo foi gestado no processo nada idílico de romanização da Palestina, em que dominadores estrangeiros articulados com as classes dominantes locais transformaram a vida material a partir da expropriação e tributação das classes exploradas, principalmente camponeses, cuja resistência começa como luta pela vida e se transforma em luta pela libertação judaica.
Downloads
Riferimenti bibliografici
Documentação textual
BÍBLIA. Novo Testamento. Tradução Frederico Lourenço. São Paulo: Companhia das Letras, 2018/2019. 2 v.
FLAVIO GIUSEPPE. La guerra giudaica. Roma: Fondazione Lorenzo Valla/Arnaldo Mondadori, 2009. 2 vol.
FLÁVIO JOSEFO. A guerra dos judeus contra os romanos. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
Obras de apoio
ASLAN, R. Zelota: a vida e a época de Jesus de Nazaré. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
CROIX, G. E. M. de Ste. La lucha de clases en el mundo griego antiguo. Barcelona: Crítica, 1988.
CROSSAN, J. D. A vida do Jesus histórico. In: CHEVITARESE, A.; CORNELLI, G. (org.). A descoberta do Jesus histórico. São Paulo: Paulinas, 2009, p. 13-30.
DEL ROIO, M. Gramsci e a emancipação do subalterno. Revista de Sociologia e Política, n. 29, p. 63-78, 2007.
DESIDERI, P. La romanizzazione dell’Impero. In: CLEMENTE, G.; COARELLI, F.; GABBA, E. (ed.). Storia di Roma: L’Impero Mediterraneo. Torino: Giulio Einaudi, 1991, p. 577-626. v. II.
DOBRORUKA, V. Historiografia helenística em roupagem judaica: Flávio Josefo, história e teologia. JOLY, F. D. (org.). História e retórica: ensaios sobre historiografia antiga. São Paulo: Alameda, 2007, p. 119-163.
FIRPO, G. I Giudei. CLEMENTE, G.; COARELLI, F.; GABBA, E. (ed.). Storia di Roma: L’Impero Mediterraneo. Torino: Giulio Einaudi, 1991, p. 527-552. v. II.
GARRAFFONI, R. S. Os bandidos entre os romanos: leituras eruditas e percepções populares. História, v. 26, n. 1, p. 133-151, 2007.
GRAMSCI, A. Quaderni del carecere. Torino: Einaudi, 2019. 3 v.
HOBSBAWM, E. Bandidos. São Paulo: Paz e Terra, 2015.
HORSLEY, R.; HANSON, J. Bandits, prophets, and messiahs. Minneapolis: Winston Press, 1985.
JOSSA, G. Gesù e i movimenti di liberazione della Palestina. Brescia: Paideia, 1980.
LO CASCIO, E. Le tecniche dell’amministrazione. In: CLEMENTE, G.; COARELLI, F.; GABBA,
E. (ed.). Storia di Roma: L’Impero Mediterraneo. Torino: Giulio Einaudi, 1991, p. 119-191. v. II.
KAUTSKY, K. A origem do cristianismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.
MARX, K. Grundrisse: manuscritos econômicos de 1857-1858: esboços da crítica da economia política. São Paulo: Boitempo, 2011.
MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto comunista. São Paulo: Boitempo, 2016. MAZZARINO, S. L’Impero Romano. Roma: Laterza, 2010. v. 1.
MENDES, N. M. A tipologia do domínio imperial romano em debate. In: CHEVITARESE, A.; CORNELLI, G. (org.). A descoberta do Jesus histórico. São Paulo: Paulinas, 2009, p. 133-144.
MOMIGLIANO, A. De paganos, judíos y cristianos. México: Fondo de Cultura Económica, 2008.
ROCHA, I. E. Dominadores e dominados na Palestina do século I, História, n. 23, v. 1-2, p. 239-258, 2004.
SCHIAVONE, A. Uma história rompida: Roma antiga e Ocidente moderno. São Paulo: Edusp, 2005.
SHAW, B. D. O bandido. In: GIARDINA, A. (org.). O homem romano. Lisboa: Presença, 1992, p. 249-280.
Downloads
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza

Questo lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione - Non commerciale - Non opere derivate 4.0 Internazionale.
a. Gli autori mantengono i loro diritti sugli articoli e concedono alla rivista il diritto di prima pubblicazione.
b. Gli autori sono autorizzati a fare accordi complementari per distribuzione non esclusiva della versione del testo uscito nella rivista, e a pubblicare l’articolo in un deposito istituzionale oppure in un libro, sotto forma di capitolo, a patto che sia menzionata la prima pubblicazione in questo periodico.
c. Gli autori sono autorizzati e stimolati a pubblicare e diffondere i loro articoli online, in sito elettronico proprio o in qualsiasi altro, dopo la prima pubblicazione nella rivista, e sempre facendo riferimento a Romanitas.
d. Gli articoli della rivista hanno una licenza CC BY 4.0 Deed Attribuzione 4.0 Internazionale (CC BY).