Desenvolvimento de barra de cereal a base de farinha de casca de maracujá

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/bjpe.v9i4.42310

Palavras-chave:

Indústria de alimentos, Resíduos, Ecossistema, Avaliação

Resumo

O Brasil produz, diariamente, toneladas de resíduos sólidos orgânicos resultantes da indústria de alimentos, que comprometem o ecossistema, uma vez que são materiais altamente poluentes. Boa parte desses resíduos é gerada pelas indústrias extratoras de sucos, que ao processarem as frutas, descartam cascas, albedos, sementes, aparas e vesículas. O maracujá sofre muita perda durante o processamento, pois somente 30% de todo o peso do fruto é aproveitado, que é a polpa utilizada para a extração do suco. Nos últimos anos, é tema de pesquisa a busca do uso desses resíduos no desenvolvimento de produtos de maior valor agregado como, por exemplo, farinhas com alto teor de fibras. O presente trabalho teve como objetivo a avaliação físico-química e microbiológica da barra de cereal formulada a base de farinha de casca de maracujá. A barra de cereal foi submetida a análises microbiológicas e físico-químicas, apresentando ausência de Staphylococcus aureus, Salmonella e coliformes. Analisou-se o pH, umidade, atividade de água, acidez titulável, cinzas e sólidos solúveis. Ao final das análises concluiu-se que o uso da casca de maracujá na produção da barra de cereal provou-se viável para produção de produtos inovadores e sustentáveis.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Leandro Alves de Souza, Universidade Federal do Maranhão

Graduando de Engenharia de Alimentos-UFMA-CCIM, Atualmente atuo como bolsista de projeto de extensão do Programa internacional de ciência e educação ambiental GLOBE, voluntário de iniciação cientifica e monitor de componente curricular do curso. Possuo experiência na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, com ênfase em Engenharia de Alimentos, BPF(Boas práticas de fabricação), análises microbiológicas, físico-químicas e aplicações nutricionais.

Virlane Kelly Lima Hunaldo, Universidade Federal do Maranhão

Possui graduação em Engenharia de Alimentos pela Universidade Federal do Ceará (2005), mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal do Ceará (2008) e doutorado em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal do Ceará (2013). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, com ênfase em Tecnologia de Alimentos, atuando principalmente nos seguintes temas: Processamento de frutas, aproveitamento integral de alimentos.

Leticia Nunes dos Santos, Universidade Federal do Maranhão

Atualmente é bolsista de projeto de extensão da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, com ênfase em Engenharia de Alimentos

Leonardo Hunaldo dos Santos, Universidade Federal do Maranhão

Diretor geral da UFMA campus de Imperatriz-MA. Professor Associado I do curso de Licenciatura em Ciências Naturais com ênfase em Biologia e Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão, Campus de Imperatriz, onde também faz parte do Programa de Mestrado em Saúde e Tecnologia. Atuou como Professor convidado do Programa de Pós- Graduação em Enfermagem da UFMA (São Luís-MA). Licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Mestre e Doutor em Zootecnia com ênfase em Melhoramento Genético Animal pela Universidade Federal do Ceará. Possui experiência em Metodologia da Pesquisa Científica e Análise Estatística Aplicada. Atua em projetos de pesquisa nos seguintes temas: Genética, Melhoramento Genético, Bioestatística, Epidemiologia, Planejamento Experimental e Educação. Possui experiência em Ensino, tendo atuado nos níveis Fundamental, Pré- Vestibular, Técnico e Superior.

Adriana Crispim de Freitas, Universidade Federal do Maranhão

Doutorado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Ceará (2013). Mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Ceará (2009) e possui graduação em Engenharia de Alimentos pela Universidade Federal do Ceará (2006). Atualmente é tutora do Programa de Educação Tutorial - PET Conexões de Saberes de Imperatriz/UFMA e professora Associada I da Universidade Federal do Maranhão no curso de Engenharia de Alimentos. Tem experiência na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, atuando principalmente nos seguintes temas: tecnologia de alimentos, microbiologia, fermentação e produção de enzimas.

Maria Alves Fontenele, Universidade Federal do Maranhão

Graduei-me em Engenharia de Alimentos pela Universidade Federal do Ceará, Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal do Ceará e Doutora em Biotecnologia Industrial pela RENORBIO - Rede Nordeste de Biotecnologia. Atualmente, ocupo o cargo de Professora Adjunta C4 aa Universidade Federal do Maranhão, onde estou coordenadora de estágio e tutora da Empresa Júnior do Curso de Engenharia de Alimentos. Sou responsável pela coordenação de projetos de pesquisa, extensão e ensino na área de leite e derivados, além de educação ambiental e coleta seletiva. Com experiência na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, com foco em padrões, legislação e fiscalização de alimentos, atuando principalmente em frutos tropicais, análises químicas e físico-químicas, controle de qualidade, classificação vegetal (castanha de caju, farinha de mandioca), leite, queijos (eletroforese, HPLC).

Referências

Anuário Brasileiro de Fruticultura. Santa Cruz do Sul: Editora Gazeta. (2021). 104p. Recuperado dehttps://www.editoragazeta.com.br/produto/anuario-brasileiro-de-horti-fruti-2021/

Borges, A. M., Pereira, J., & Lucena, E. M. P. (2009). Caracterização da farinha de banana verde. Food Science and Technology, 29, 333-339. https://doi.org/10.1590/S0101-20612009000200015 DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-20612009000200015

Brasil. (2001). Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n.12 de 2 de janeiro de 2001. Regulamento Técnico sobre os Padrões microbiológicos para alimentos. Recuperado dehttps://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inspecao/produtos-vegetal/legislacao-1/biblioteca-de-normas-vinhos-e-bebidas/resolucao-rdc-no-12-de-2-de-janeiro-de-2001.pdf/view

Brasil. (1978). Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Resolução CNNPA n. 12 de 24 de julho de 1978. Normas Técnicas e Especiais para alimentos e bebidas. Recuperado dehttps://silo.tips/download/agencia-nacional-de-vigilancia-sanitaria-53

Caballero, B., Trugo, L. C., & Finglas, P. M. (2003). Encyclopedia of food sciences and nutrition. Academic.

Carvalho, A. V. et al. (2005). Aproveitamento do mesocarpo do maracujá na fabricação de produtos flavorizados. Embrapa Amazônia Oriental-Comunicado Técnico (INFOTECA-E).

Cavalcante N., Adeval, & A. et al. (2002). Desenvolvimento de massa alimentícia mista de farinhas de trigo e mesocarpo de babaçu (Orbignya sp.)(Dissertação de mestrado). Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Coelho, A. F. S., Silva, K. S., Targino, B. N., & Costa, E. B. et al. (2016). Elaboração e análise sensorial de barras de cereais com farinha da casca de maracujá. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, 18(3), 243-254. DOI: https://doi.org/10.15871/1517-8595/rbpa.v18n3p243-254

Brito, I. P. et al. (2004). Elaboração e avaliação global de barra de cereais caseira. Boletim do Centro de Pesquisa de Processamento de Alimentos, 22(1). Recuperado de https://revistas.ufpr.br/alimentos/article/view/1178 DOI: https://doi.org/10.5380/cep.v22i1.1178

Santos, L. F. et al. (2015). Caracterização de farinhas de banana caturra e utilização em biscoito dietético. Magistra, 27(2), 145-158.

Silva, D. J., & Q. A. C. (2002). Análise de alimentos: métodos químicos e biológicos. Viçosa: UFV.

Estévez, A. M. et al. (2015). Cereal and nut bars, nutritional quality and storage stability. Plant Foods for Human Nutrition, 47(4), 309-317. DOI: https://doi.org/10.1007/BF01088268

Fonseca, R. S. et al. (2011). Elaboração de barra de cereais com casca de abacaxi. ArchivosLatinoamericanos de Nutrición, 61(2),216-223.

Fortaleza, J. M. et al. (2005). Características físicas e químicas em nove genótipos de maracujá-azedo cultivado sob três níveis de adubação potássica. Rev. Bras. Frutic., 27(1,) 124-127.https://doi.org/10.1590/S0100-29452005000100033 DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-29452005000100033

IBGE. (2021). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.Recuperado dehttps://www.ibge.gov.br/

Instituto Adolfo Lutz. (1985).Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. v. 1: Métodos químicos e físicos para análise de alimentos, 3. ed. São Paulo: IMESP.

Instituto de Tecnologia de Alimentos. (1994). Maracujá: cultura, matéria-prima, processamento e aspectos econômicos. Recuperado de https://www.bdpa.cnptia.embrapa.br/consulta/busca?b=ad&id=566838&biblioteca=CPAC&busca=autoria:%22%22&qFacets=autoria:%22%22&sort=&paginacao=t&paginaAtual=732

Ishimoto, F. Y. et al. (2007). Aproveitamento alternativo da casca do maracujá-amarelo (Passiflora edulis f. var. flavicarpaDeg.) para produção de biscoitos. RECEN-Revista Ciências Exatas eNaturais, 9(2).

Lima, A. C. (2004). Estudo para a agregação de valor aos produtos de caju:elaboração de formulações de fruta e castanha em barra. (Tese de Doutorado). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo, Brasil.

Marques, L. M. R. (1992). Efeito da temperatura de extrusão, umidade da matéria-prima, teor de amido e sacarose nas características tecnológicas e nutricionais de produtos extrusados de germe de trigo. (Dissertação de Mestrado). Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). São Paulo, SP, Brasil.

Medina, V. B. et al. (2014). Determinação de vitamina C e análise sensorial de barras de cereais adicionadas de frutas desidratadas. Hig. alim., p. 145-150.

Moretti, H. R. et al. (2006). Barra de cereais de elevado teor protéico e vitamínico: estabilidade enzimática e das vitaminas C e durante armazenamento. Archivos Latino Americanos de Nutricion, 56(3), 269-274.

Nascimento, L. M. G., et al. (2017). Farinha de banana da terra verde: caracterização química e propriedades tecnológicas. VIII Semana de Agronomia: Os desafios para a agricultura no século XXI.

Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. (2019). O estado da segurança alimentar e nutricional no Brasil.

Pelizer, L. H., Pontieri, M. H., & Moraes, I. O. (2007). Utilização de resíduos agroindustriais em processos biotecnológicos como perspectiva de redução do impacto ambiental. Jornal de Gestão e Inovação de Tecnologia, 2(1), 118-127. Recuperado dehttps://www.jotmi.org/index.php/GT/article/view/art41

Resosemito, F. S., Xavier, T. A. L., Sousa, I. V. de O., Rojas, M. O. A. I., Ferreira, F. C. S., Bezerra, M. S. S., Ferreira, D. S., & Kasantaroeno, K. G. A. (2020). Aproveitamento da casca de maracujá na elaboração de preparação de maracujá com pimenta malagueta (Capsicum frutescens): formulação, preparação, caracterização físico-química e avaliação sensorial / Aproveitamento da casca de maracujá na elaboração de geléia de maracujá com pimenta malagueta (Capsicum frutescens): formulação, preparo, caracterização físico-química e avaliação sensorial. Revista Brasileira de Desenvolvimento, 6(9),68617.68623. https://doi.org/10.34117/bjdv6n9-344 DOI: https://doi.org/10.34117/bjdv6n9-344

Samico, G. F. et al. (2010). Caracterização física e química de sementes de maracujá (Passiflora edulisflavicarpa, Deg) e seu aproveitamento integral: óleo e torta. (Dissertação de mestrado). Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Soares, L. P. et al. Elaboração de barras de cereais a partir de frutos do cerrado. Revista Científica Semana Acadêmica.

Silva, I. Q., Oliveira, B. C. F., Lopes, A. S., & Pena, S. R. (2009). Obtenção de barra de cereais adicionada do resíduo industrial de maracujá. Alimentos e Nutrição. Araraquara, 20(2).

Skliutas, A. R. (2002). Estudo do desenvolvimento de barra dietética de cereais e goiaba desidratada pelo processo de osmose à vácuo com utilização de frutooligossacarídeo. (Dissertação de Mestrado). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil.

Tocchin, R. P. (1994). Processamento: produtos, caracterização e utilização de: maracujá: cultura, matéria-prima e aspectos econômicos. 2. ed. Revista e Ampliada. p. 161-175.

Toledo, N. M. V. (2013). Aproveitamento de subprodutos da industrialização do maracujá para elaboração de iogurte. (Tese de Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Torres, E. R. (2009). Desenvolvimento de barras de cereais formuladas com ingredientes regionais. Tese de Mestrado). Universidade Tiradentes, Aracaju, SE, Brasil.

Santos, C. A., Ribeiro, R. C., Silva, E. V. C., Silva, N. S, Silva, B. A., Silva, G. F., & Barros, B. C. V. (2011). Elaboração de biscoito de farinha de buriti (Mauritia flexuosa l. f) com e sem adição de aveia (Avena sativa l.). Revista Brasileira de Tecnologia Agroindustrial, 5(1), 262-273. https://doi.org/10.3895/S1981-36862011000100002 DOI: https://doi.org/10.3895/S1981-36862011000100002

Pazdiora, R. D., Pazdiora, B. R. C. N., Ferreira, E., Muniz, I. M., Andrade, E. R., Siqueira, J. V. S., Scherer, F., Venturoso., O. J., & Souza, P. J. (2019). Digestibilidade, comportamento ingestivo e desempenho de ovinos alimentados com resíduos de agroindústrias processadoras de frutas.Arquivos Brasileiros de Medicina Veterinária e Zootecnia, 71(6). https://doi.org/10.1590/1678-4162-10706 DOI: https://doi.org/10.1590/1678-4162-10706

Lira Jr., W. B., Bezerra, S. B. L., Paula, T. A., Beelen, R. N., Amorim, P. L. & Beelen, P. M. G. (2018). Características de silagens de capim-elefante (Pennisetumpurpureum) e casca de maracujá in natura. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia. 70(3), 905-912.https://doi.org/10.1590/1678-4162-9410 DOI: https://doi.org/10.1590/1678-4162-9410

SIlva, R. S. (2018). Barras de cereais elaboradas a partir da farinha integral de batata doce (Ipomoea batatas l.) e adicionadas de soro de leite caprino: desenvolvimento e caracterização física, físico-química e sensorial. 58 f. (Tese de Graduação). Universidade Federal de Campina Grande, Cuité, PB, Brasil.

Vieira, D. M., Barros, S. L., Silva, V. M. A., Santos, N. C., Nascimento, A. P. S., & Melo, M. O. P. (2019). Elaboração de barra de cereal com resíduos secos de abacaxi e caju. Caderno Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, 9(7), p6839. https://doi.org/10.18378/cvads.v9i7.6839 DOI: https://doi.org/10.18378/cvads.v9i7.6839

Silva, P. C., Almeida, M. E.,Lims, M. E. S., Braga, R. C., Silva, A. K. M., & Sá, D. M. A. T. (2021). Physicochemical characterization on non-traditional flours and their application in cereals bars. Research, Society and Development, 10(9), e60010918415.https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.18415 DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.18415

Dias, J. S. R., Mendes, F. Z. C., Nolasco, M. V. F. M., & Bogo, D. (2020). Obtenção de farinha de inhame para elaboração de barra de cereal como suplemento alimentar e funcional / Obtenção de farinha de inhame para elaboração de barra de cereal como suplemento alimentar e funcional. Revista Brasileira de Desenvolvimento , 6(3), 15716-15735. https://doi.org/10.34117/bjdv6n3-446 DOI: https://doi.org/10.34117/bjdv6n3-446

Aleixo, E. A., Ceruti, D., & Carlesso, L. C. (2021). Desenvolvimento de uma barra de cereal salgada com potencial antioxidante com uso de açafrão-da-terra. In Congresso Internacional em Saúde (No. 8).

Czaikoski, A., Czaikoski, K., Bezerra, J. R. M. V., Rigo, M., & Teixeira, A. M. (2016). Avaliação físico-química e sensorial de barras de cereais com adição de farinha de ameixa (Prunussalicina). Revista do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais, 12(2), 647-654.

Publicado

31.10.2023

Como Citar

Souza, L. A. de, Hunaldo, V. K. L., Santos, L. N. dos, Santos, L. H. dos, Freitas, A. C. de, & Fontenele, M. A. (2023). Desenvolvimento de barra de cereal a base de farinha de casca de maracujá. Brazilian Journal of Production Engineering, 9(4), 140–147. https://doi.org/10.47456/bjpe.v9i4.42310

Edição

Seção

ENGENHARIA DE ALIMENTOS & GASTRONOMIA

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)