Simulação computacional de luz natural em diferentes zonas bioclimáticas brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.47456/bjpe.v10i1.42974Palavras-chave:
Eficiência energética, Métricas, SimulaçãoResumo
A iluminação natural, quando presente nos ambientes internos das edificações, em concordância com as necessidades de cada local, traz benefícios à saúde humana. Por outro lado, quando está em discordância com o espaço, pode ter um efeito negativo, causando problemas como ofuscamento, reflexos, sombras e interferências térmicas. Nesse sentido, esta pesquisa visa simular, interpretar e comparar como a luz natural e seu desempenho lumínico, com base na métrica sDA (Spatial Daylight Autonomy), se comportam em um ambiente residencial nas cidades de Santa Maria/RS (zona bioclimática 2), Cuiabá/MT (zona bioclimática 7) e Fortaleza/CE (zona bioclimática 8). Foi utilizado o software DesignBuilder, tendo em vista os critérios adotados pelo RTQ-R para o processamento analítico mais detalhado dos dados. Os resultados obtidos nas simulações indicam que os índices de luz natural de melhor desempenho nos modelos analisados na faixa de 300 lux alcançaram 99,52% e foram posicionados na fachada oeste da cidade de Cuiabá/MT, enquanto os índices de pior desempenho atingiram 57,49% e foram simulados na fachada sul da cidade de Santa Maria/RS. Isso se deve ao fato de que, no Hemisfério Sul, as fachadas norte e oeste recebem mais luz solar direta do que as fachadas sul e leste.
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