Imagens e memória: a gaveta vermelha e centelha mágica
DOI:
https://doi.org/10.47456/contexto.v1i43.37723Palavras-chave:
Imagens. Memória. Nenhum, nenhuma. Guimarães Rosa. Individuação.Resumo
Este trabalho pretende analisar o conto "Nenhum, nenhuma", de João Guimarães Rosa, sob a perspectiva do imaginário simbólico de Gilbert Durand (2019), e, também, com base no pensamento de Gaston Bachelard (2018) e Carl G. Jung (2016), a fim de refletir como elementos simbólicos presentes no conto nos levam à compreensão do funcionamento da psique humana e, portanto, da importância da memória e do intrínseco entrelaçamento entre experiência e memória na constituição do indivíduo. Neste percurso é possível notar os múltiplos sentidos que as imagens nos fornecem, bem como elas se acomodam em ganham espaço na mente do sonhador transformando-o numa versão sempre nova e única de si mesmo. Assim, acreditamos que essa estória é campo fértil para investigações e reflexões acerca das profundezas psíquicas que nos formam.
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