As Metáforas do desejo e a alegoria etnográfica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/cl.v16i35.38805

Palavras-chave:

Escrita etnográfica, Metáforas do desejo, Linguística Aplicada indisciplinar, bareback, grupos de WhatsApp

Resumo

Este texto contribui para a discussão acerca da relação entre linguagem e escrita etnográfica, provendo exemplos contextualizados por campo etnográfico de como metáforas e figuras de linguagem são vitais para a escrita das culturas e comparecem cientificamente não apenas como suporte alegórico das narrativas, mas também como objetos de estudo e focos de indexicalidade afetiva. As metáforas aqui não são apenas o conduto da comunicação (Reddy, 1993 [1979]), mas elucidam aspectos poéticos e políticos (Clifford, 2016a [1986]) do texto etnográfico. Aqui, elas são o próprio fenômeno que pulula das performances do corpo e do desejo on-line: o foco de interesse na produção de inteligibilidade sobre grupos sociais. Este artigo fornece uma discussão sobre figuras de linguagem, excitabilidade e escrita etnográfica, sugerindo que a escrita alegórica é uma forma ética de produzir equívocos. Entre os resultados, pode-se ressaltar que metáforas e alegorias organizam o desejo e práticas sexuais em termos subjetivos e políticos.

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Biografia do Autor

Gleiton Bonfante, Universidade Federal de Goiás

Bacharel em Linguística pela UNICAMP, mestre (2015) e doutor (2020) em Interdisciplinar Linguística Aplicada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, professor visitante na Universidade Federal de Goiás até dezembro de 2022. Pós-doutorando FAPERJ nota 10, na Universidade Federal Fluminense, a partir de janeiro de 2023.

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Publicado

29-12-2022