Análise da Conversa
um percurso histórico
DOI:
https://doi.org/10.47456/cl.v16i35.39239Palavras-chave:
Análise da Conversa, Fala-em-interação, Tendência LinguísticaResumo
O presente artigo tem por objetivo apresentar um recorte relativamente breve do processo histórico que culminou na emergência da Análise da Conversa Etnometodológica, área que se preocupa com a fala-em-interação e com a interação humana através de diversas linguagens, e discorrer sobre a forma como ela se estabelece nos dias atuais. Para tanto, parte-se da publicação do Cours de linguistique générale na tradição de pesquisas em Linguística, do desenvolvimento da teoria da ação social no contexto da pesquisa em Sociologia e da concepção da pesquisa etnográfica na tradição em Antropologia. Entende-se que os desdobramentos destes marcos históricos das três grandes áreas resultaram na associação dos estudos linguísticos à Sociologia e à Antropologia, culminando no surgimento da Análise da Conversa.
Downloads
Referências
CLIFFORD, J. Sobre a autoridade etnográfica. In: GONÇALVES, J. R. S. (Ed.). A Experiência Etnográfica: antropologia e literatura no século XX. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2002. p. 17–62.
FRANK, I.; KANITZ, A. “O ponto de vista cria o objeto”: relacionando a máxima saussuriana e a perspectiva teórico-metodológica da Análise da Conversa Etnometodológica. Cadernos do IL, n. 46, p. 228-243, 2013.
GARCEZ, P. M. A perspectiva da Análise da Conversa Etnometodológica sobre o uso da linguagem em interação social. In: LODER, L. L.; JUNG, N. M. Fala-em-interação Social: Introdução à Análise da Conversa Etnometodológica. Campinas: Mercado de Letras, 2008.
GEERTZ, C. "Estar lá: a antropologia e o cenário da escrita". In: Obras e vidas: o antropólogo como autor. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2005. p. 11 - 39.
GINZBURG, C. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. Editora Companhia das Letras, 1990.
HERITAGE, J. C. Etnometodologia. In GIDDENS, A. e TURNER, J. (org.). Teoria Social Hoje. Tradução Gilson César Cardoso de Sousa. 1a reimpressão, São Paulo: UNESP, 1999.
LAPLANTINE, F. Aprender antropologia. São Paulo: Brasiliense, 1988.
LÉVI-STRAUSS, C. Antropologia estrutural. São Paulo: Editora Cosac Naify, 2015.
LODER, L. L. O modelo Jefferson de transcrição: convenções e debates. Fala-em-interação social: introdução à Análise da Conversa Etnometodológica. Campinas: Mercado de Letras, p. 127-160, 2008.
LODER, L. L.; SALIMEN, P. G.; MÜLLER, M. Noções fundamentais: sequencialidade, adjacência e preferência. Fala-em-interação social: Introdução à Análise da Conversa Etnometodológica, p. 39-58, 2008.
MARCUSCHI, L. A. Análise da Conversação. São Paulo: Ática, 1986.
McCLEARY, L.; VIOTTI, E. Fundamentos para uma semiótica de corpos em ação. In FIORIN, J. L. Novos caminhos da linguística. São Paulo, SP: Editora Contexto, 2017, p. 171-193.
OLIVEIRA, Manfredo Araújo de. Reviravolta lingüístico-pragmática na filosofia contemporânea. Edições Loyola, 1996.
PAUL, Hermann. Prinzipien der sprachgeschichte. Walter de Gruyter, 2010.
SACKS, H.; SCHEGLOFF, E. A.; JEFFERSON, G. 1) Sistemática elementar para a organização da tomada de turnos para a conversa. Veredas-Revista de Estudos Linguísticos, v. 7, n. 1 e 2, 2003.
SAUSSURE, F. de. Curso de linguística geral. Editora Cultrix, 2008.
WATSON, R.; GASTALDO, É. Etnometodologia & Análise da Conversa. Editora PUC-Rio, 2015.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista (Con)Textos Linguísticos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores cedem os direitos autorais do artigo à editora da Revista (Con)Textos Linguísticos (Programa de Pós-Graduação em Linguística da Ufes), caso a submissão seja aceita para publicação. A responsabilidade do conteúdo dos artigos é exclusiva de seus autores. É proibida a submissão integral ou parcial do texto já publicado na revista a qualquer outro periódico.
Esta obra está sob Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.