Diálogos com povos tradicionais e diversidade cultural no XV Seminário Capixaba sobre o Ensino de Arte
DOI:
https://doi.org/10.47456/rf.v20i30.44134Palavras-chave:
Artes populares, Mestres de Saberes, Cultura TradicionalResumo
O presente artigo é inspirado na 2ª Conferência intitulada “Povos Originários”, realizada durante o XV Seminário Capixaba do Ensino da Arte, na Universidade Federal do Espírito Santo. “Diálogos urgentes” foi o título do seminário, para nomear a necessidade de se debater temas emergentes na contemporaneidade, como as questões relacionadas aos povos originários, e a necessidade de se estabelecer o diálogo com os sujeitos detentores de diferentes conhecimentos. Primeiro, destacamos o processo de transmissão de conhecimento na cultura tradicional, tendo como base um Ponto de Memória numa comunidade quilombola no norte do ES. Segundo comentamos a relevância das mulheres neste processo. Terceiro, examinamos articulações entre ensino-aprendizagem e cultura tradicional, no contexto das artes populares. Considerando os diálogos na Conferência, apontamos que o trabalho colaborativo junto aos mestres da cultura tradicional contribuiria com a inclusão da história e da cultura indígena, africana e afro-brasileira no ensino formal, em todos os níveis. Repercutimos a demanda pela inclusão de jovens indígenas e negros quilombolas nas escolas e universidades como princípio democrático do direito à vida, que passa pela inclusão da diversidade cultural nos debates nestes espaços.
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